Jorge Nascimento
Rodrigues - Expresso
Apesar do excedente
externo registado em 2013, a posição de devedor líquido face ao exterior
piorou. Continua a ser a pior da zona euro em relação ao PIB.
A economia
portuguesa conseguiu registar em 2013 um excedente externo de 2,6% do PIB, mas,
apesar dessa melhoria, a posição líquida de investimento internacional (PLII)
agravou-se em 2,7 pontos percentuais, segundo dados do Banco de Portugal (BdP)
na sua Nota de Informação Estatística.
Este indicador, no
caso português, é negativo, sendo o mais elevado da zona euro em relação ao
PIB, superior inclusive ao registado para a Grécia e Irlanda. A PLII da
economia portuguesa subiu de -116,1% do PIB em 2012 para 118,9% em 2013. A
posição de Portugal como devedor líquido face ao exterior piorou.
O PLII é usado para
medir a diferença entre o stock de ativos e de passivos de natureza financeira,
permitindo avaliar o saldo entre os ativos externos detidos por portugueses e
os ativos em Portugal detidos por não residentes. Mostra a posição de um dado
país face ao exterior.
Como este indicador
é avaliado a preços de mercado, a sua evolução é determinada não apenas pela
variação dos ativos e dos passivos face ao exterior, registada na balança
financeira, mas também por variações de preço, variações cambiais e outras.
Em 2013, as
variações de preços, em termos líquidos, tiveram uma contribuição negativa,
sublinha o BdP. O que foi devido à desvalorização do preço do ouro, o que
afetou o ativos de reservas em ouro do BdP, e às valorizações de títulos
emitido pelo Estado português e detidos por não residentes e de ações de bancos
e sociedades não financeiras residentes detidas por não residentes.
Em relação aos
dados finais do terceiro trimestre de 2013, as posições eram a seguintes entre
os periféricos da zona euro: -115,7% do PIB para Portugal; -108,2% para Grécia;
-107,8% para Irlanda; - 96,6% para Espanha; - 88,3% para Chipre. O rácio para
Itália não estava ainda disponível; é negativo, também, mas é muito inferior.
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