Valentin Mandrasescu –
Voz da Rússia
As conversas de que
o derramamento de sangue pode ser terminado e que o diálogo político pode ser
continuado não são senão tentativas de apresentar os desejos pela realidade. A
Ucrânia oscila agora entra a transformação numa Líbia europeia e a
transformação numa nova Iugoslávia. Infelizmente, o cenário líbio parece por
enquanto mais provável.
O Ministério das
Relações Exteriores da Rússia caraterizou a situação na Ucrânia como tentativa
de golpe de Estado. Nestas condições, qualquer poder, que pretende conservar no
mínimo sua vida e, no máximo, seu país, não negocia com golpistas, ordenando
atirar contra eles.
Yanukovich,
presidente do fracassado “projeto da Ucrânia”, fraco e levado à parede,
tentando resolver pacificamente o conflito, faz o jogo de extremistas e
neonazistas que, cumprindo a tarefa dos seus patrocinadores ocidentais, envidam
esforços para tomar o poder em todo o território do país. Qualquer trégua será
utilizada para intensificar a pressão política na Kiev oficial e para tomar o
poder nas regiões ucranianas.
Na situação atual
deslumbram-se, contudo, dois aspectos positivos. O Departamento de Estado
americano expressa ativamente preocupação devido à impossibilidade de contatar
as estruturas de força da Ucrânia. Cada declaração do Departamento emana raiva
por ser impossível comandar os órgãos fortes ucranianos. Alem disso, diplomatas
americanos mostram-se seriamente preocupados com mudanças de quadros nas
estruturas de força, o que significa que há hipóteses de estas serem dirigidas
em breve por verdadeiros patriotas e não por traidores de interesses nacionais.
O segundo aspecto
positivo consiste em que grupos de resistência começam a operar ativamente no sudeste
da Ucrânia. Quando ativistas de Carcóvia, Odessa e Dnepropetrovsk mostram aos
partidários forasteiros da nazificação da Ucrânia que eles também podem e sabem
usar a força, torna-se claro que na Ucrânia ainda há forças razoáveis com que é
necessário trabalhar para proteger a população pacífica.
A Ucrânia está
mergulhando no abismo da guerra civil. É necessário arrancar o mais depressa
possível das garras de golpistas pelo menos as regiões do Sul e do Leste do
país. Mais tarde, será possível pensar em como fazer com que os americanos
desaprendam a patrocinar revoltas armadas.
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