A VERGONHOSA
CORRUPÇÃO INSTITUCIONAL
Folha 8 – 8 março 2014
JUSTIÇA ANGOLANA
ESTÁ AO SERVIÇO DO MPLA E DA CORRUPÇÃO
VIOLAÇÃO DOS
DIREITOS HUMANOS
Quanto aos direitos
humanos, o relatório identifica três tipos de abusos principais: punição
excessiva, degradante e cruel; limites à liberdade de reunião, associação,
expressão e imprensa e corrupção e impunidade das autoridades.
Outros atropelos aos
direitos humanos registados no relatório incluem “privação de vida ilegal ou
arbitrária, condições prisionais duras, detenção arbitrária, ineficácia
judicial, desrespeito pelos direitos dos cidadãos à privacidade e desalojamentos
forçados sem compensação, restrições às ONG, discriminação e violência contra
mulheres, abuso de menores, tráfico de pessoas e trabalho forçado”.
CONCENTRAÇÃO DO
PODER NUM SÓ HOMEM
A nível político, o
departamento de Estados norte-americano afirma que o MPLA – partido no poder
desde 1975 – “domina todas as instituições políticas” e que o poder político
“está concentrado na Presidência e no Conselho de Ministros, através do qual
o Presidente José Eduardo dos Santos exerce o poder executivo”, enquanto os
partidos da oposição se dizem sujeitos a “perseguição, intimidação e ataques”
por apoiantes do partido maioritário.
No ano passado,
pelo menos 12 pessoas foram mortas por motivos políticos, menciona o
relatório, que fala também de prisões arbitrárias de pessoas que participavam
em protestos anti-governo, apesar de este direito estar consagrado na
Constituição, permanecendo pelo menos três activistas políticos presos.
Quanto às forças de
segurança, há relatos de torturas e espancamentos por parte de elementos policiais,
que compensam os baixos salários com extorsões e corrupção, diz o documento.
Sobre a imprensa, o
relatório afirma que a esmagadora maioria dos meios de comunicação são
detidos por “grupos ou indivíduos ligados ao Governo”, enquanto os media
privados “criticam o Executivo abertamente, mas por vezes sofrem
repercussões”.
No capítulo sobre
Angola, o relatório menciona por duas vezes o caso do jornalista e activista
dos direitos humanos Rafael Marques, que foi detido por algumas horas em
Setembro do ano passado, juntamente com outros colegas, quando entrevistava um
grupo de jovens manifestantes.
Quanto aos direitos
individuais, “violência e discriminação contra mulheres, abuso de crianças,
prostituição infantil, tráfico humano, e discriminação contra pessoas com deficiência”
são problemas identificados pelo departamento de Estado norte-americano.
Sem comentários:
Enviar um comentário