quinta-feira, 6 de março de 2014

CPLP reafirma na ONU que pena de morte é "intolerável" para a dignidade humana




Genebra, 05 mar (Lusa) - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) classificou hoje em Genebra, no Conselho de Direitos Humanos, a pena de morte como "um atentado intolerável à dignidade humana", salientando que "todos os países membros" da organização a aboliram.

"A pena de morte é um atentado intolerável à dignidade humana e uma violação dos direitos humanos", disse a ministra do secretariado para os Direitos Humanos da Presidência do Brasil, que falava em nome da comunidade lusófona, numa declaração no painel sobre a pena de morte.

Maria do Rosário Nunes recordou que todos os países da CPLP aboliram a pena de morte, "firmes na convicção de que a abolição da pena capital contribui decisivamente" para a "dignidade humana" e a "consolidação dos direitos humanos".

Em junho de 2003, a CPLP adotou uma resolução sobre os direitos humanos e a abolição da pena de morte, que qualificou como "um dos mais importantes textos" da organização, no seu esforço para eliminar as violações dos direitos humanos.

"Este mesmo compromisso foi reafirmado em 2013, na resolução sobre a Promoção e a Proteção dos Direitos Humanos na CPLP", acrescentou Maria do Rosário Nunes, num discurso em português.

A ministra concluiu a declaração, reiterando que este é um esforço da CPLP, "que reúne países de quatro continentes, unidos na partilha dos princípios e dos valores do respeito pelos direitos humanos e da dignidade humana".

A suspensão da pena de morte foi uma das condições impostas pela CPLP para a adesão da Guiné Equatorial à organização.

A Guiné Equatorial, a única ex-colónia espanhola da África subsaariana, aprovou em fevereiro uma moratória da pena de morte, dias antes de obter o apoio dos chefes da diplomacia da CPLP à sua candidatura, que será discutida na cimeira da organização, em julho.

VYE // PJA - Lusa

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