Em Moçambique, a
RENAMO acusou o exército de ter lançado esta quarta-feira rockets contra a
Serra da Gorongosa, onde supostamente está o seu líder Afonso Dlakhama. O
Governo diz que se tratou-se de uma contra-ataque.
A Resistência
Nacional Mocambicana (RENAMO), o maior partido da oposição, anunciou que forças
combinadas do exército moçambicano (FADM) e da Polícia de Intervenção Rápida
(FIR) atacaram esta quarta-feira (05.03) posições do seu partido na província
central de Sofala.
Acusou, ainda, as forças governamentais de terem incendiado residências na
região de Vanduzi, também em Sofala. António Muchanga, porta-voz do presidente
da RENAMO, Afonso Dlakhama, foi quem fez a denúncia à imprensa.
"As forças
combinadas das FIR e a Forças Armadas de Moçambique (FADM) hoje, dia 5 de
março, atacaram as posições das forças da RENAMO em Gorongosa e Inhaminga.
Usarm armas de destruição em massa, dispararam obuses e 38 rockets",
afirmou.
Nos últimos dias foram reportados dois ataques, em menos de uma semana, contra
posições das forças governamentais que resultaram em pelo menos quatro mortos e
seis feridos, do lado do exército.
O chefe da delegação do Governo nas negociações com a RENAMO, José Pacheco,
reagiu às acusações do partido da oposição atribuindo àquela formação política
a iniciativa dos ataques: "Temos uma RENAMO que é violenta, que na
segunda-feira (05.03) atacou um carro da polícia que fazia reabastecimento
logístico. As nossas forças estão a perseguir os que efetuaram os ataques, os
meios que usam cabe a nossas forças decidir."
Negociações
ameaçadas
A RENAMO afirma que os novos ataques representam uma ameaça real aos entendimentos de paz.
A nova escalada da tensão militar regista-se numa altura em que o Governo e a
RENAMO discutem em sede do diálogo os mecanismos para viabilizar os consensos
alcançados na última segunda-feira (03.03) para a cessação dos ataques.
Para António Muxanga, da RENAMO, o ataque contra a Serra da Gorongosa reforça a ideia da necessidade da presença de observadores estrangeiros para
monitorizar o cessar-fogo. "Esse ataque de hoje vem provar que precisamos
de peritos internacionais para ajudar Moçambique", salientou.
Governo otimista
José Pacheco, do
Governo, afirma ser desnecessária a presença de observadores estrangeiros: a
parte moçambicana
José Pacheco mostrou-se, no entanto, otimista quanto ao fim das hostilidades
falando no termo de mais uma ronda negocial mantida esta quarta-feira (05.03)
entre o Governo e a RENAMO: "O princípio de cessação de ataques já foi
acordado, e estamos a traçar os mecanismo para a cessao de confrontos."
Segundo Saimone Macuiane, a RENAMO exige garantias para os seus homens armados.
Autoria: Leonel
Matias (Maputo) – Edição: Nádia Issufo / Madalena Sampaio
1 comentário:
Esta é a unica soluçao de acabar com guerra em Moçambique.Este chefe de bando armado merece ter a mesma correcçao como a do Zonas Savimbe em Angola e mais nada
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