A pobreza na
Guiné-Bissau não vai acabar enquanto o dinheiro que devia ajudar a população
continuar a ir para "os bolsos das elites", avisou hoje a relatora
das Nações Unidas, Magdalena Sepúlveda, no final de uma visita ao país.
Aquela responsável
avaliou desde segunda-feira as áreas da pobreza extrema e direitos humanos, a
convite do Governo de transição, no cumprimento das obrigações relativas à
avaliação sobre a aplicação dos direitos humanos.
"Se o dinheiro
destinado a construir o país e a ajudar as pessoas que vivem em pobreza vai
para os bolsos das elites políticas e militares, nunca poderá reduzir-se a
pobreza", destacou nas conclusões da visita, apresentadas em conferência
de imprensa.
Segundo Magdalena
Sepúlveda, "para que o país avance, é necessário que haja um compromisso
sério por parte de todas as autoridades, para que se ponha fim de uma vez e
para sempre a todos estes abusos que prejudicam a maioria da população".
Para a relatora das
Nações Unidas, "a pobreza no país aumentou nos últimos anos", mais
nas zonas rurais que nas zonas urbanas, sobretudo devido à instabilidade
política.
A relatora das
Nações Unidas pediu à Guiné-Bissau sinais sérios de mudança, sobretudo após as
eleições gerais marcadas para 13 de abril, para ganhar novamente a confiança
dos parceiros e investidores internacionais.
As eleições serão
as primeiras após o golpe de Estado de abril de 2012.
O Fundo Monetário
Internacional anunciou na última semana que a atividade económica na
Guiné-Bissau continua a ser "severamente afetada" pelas consequências
do golpe.
LFO // PJA – Lusa –
foto António Amaral
1 comentário:
pois é havia um homem corajoso que lutava contra a corrupçao e os nossos politicos e militares preferem derruba-lo tendo assim o campo livre para corrupçao e o trfico de tudo. Vai ser muito dificil a combater porque estao habituados.
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