Macau, China, 01
mar (Lusa) - O presidente da Comissão Executiva da Teledifusão de Macau (TDM),
Manuel Pires, garantiu hoje que a liberdade de imprensa "é um direito
fundamental" da cidade e, por isso, os profissionais da empresa apenas
terão de o utilizar.
"É um direito
consagrado na Lei Básica, o chefe do Executivo tem reiterado que o Governo o
garante e, por isso, a administração da TDM cumpre as suas funções de gestão e
os jornalistas fazem o seu papel no estrito cumprimento das leis da
cidade", disse Manuel Pires.
O novo presidente
da Comissão Executiva, que tomou posse na noite de sexta-feira, respondia assim
a acusações anónimas de alegados jornalistas da empresa que apontam para a
falta de liberdade de imprensa na estação que tem seis canais de televisão e
dois de rádio.
Para Manuel Pires,
não há qualquer "equívoco" nem "problema" porque cada um
dos patamares de gestão da TDM cumpre o seu papel.
"À
administração cumpre gerir a casa nos melhores interesses dos seus acionistas,
no caso o Governo, e aos jornalistas cumpre fazer o seu trabalho com isenção,
rigor e segundo as normas da profissão com total liberdade e sem interferências
superiores", afirmou.
Manuel Pires, que
deixou a presidência do Conselho de Administração e a direção dos Serviços de
Turismo para se dedicar a tempo inteiro à TDM garantiu também que vai falar com
todas as direções da empresa, começando pela informação, para se inteirar de
todas as questões e objetivos, mas recusa interferências no noticiário.
"Isso é
matéria dos jornalistas, não da administração. Cabe aos profissionais que
trabalham na empresa fazer notícias e a única exigência feita é que sejam
cumpridos todos os critérios do jornalismo, nomeadamente o rigor e a
imparcialidade", disse.
Instado a comentar
os acordos de cooperação que têm sido assinados pela empresa, Manuel Pires
recordou que falta apenas estabelecer parcerias com Angola, mas prometeu
trabalhar nesse sentido e traduzir na prática os objetivos escritos.
"Vamos
continuar e vamos trabalhar para, rapidamente, traduzir na prática as vontades
expressas nos protocolos e aplicar os seus objetivos porque manifestar por
escrito algo que depois não se cumpre não vale a pena e temos de estabelecer os
mecanismos que nos comprometemos fazer", assinalou.
No entanto, Manuel
Pires vincou que a administração da TDM não pode ser apenas centrada numa
pessoa.
"Somos um
órgão colegial, há mais administradores e elementos na Comissão Executiva e
todos temos de aplicar e aceitar a regra que, tratando-se de um órgão colegial,
há que aceitar as vontades da maioria e, por isso, conto com a participação de
todos para, diariamente, fazer mais e melhor para a população de Macau e para o
desenvolvimento da TDM", concluiu.
JCS // SO - Lusa
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