João Céu e Silva –
Diário de Notícias, com vídeo
O ex-ministro de
antes e do pós-Revolução dos Cravos considera que "as novas gerações devem
libertar o país destes partidos porque o Estado está em decadência". Para
Veiga Simão, não há dúvidas que "os portugueses e os políticos não foram
capazes de corresponder ao sonho de Abril" e é bastante crítico quanto
"aos políticos que realmente têm governado o nosso País".
Para Veiga Simão, a
situação em que encontra o Portugal diz respeito a todos os portugueses:
"A classe política encontra-se desprestigiada e precisávamos de políticos
a sério. No caso dos governantes, naturalmente são culpados aqueles que os
elegem." E pede uma resposta às novas gerações: "A frente de grandes
interesses que dominam um Estado que está em decadência exige que as novas
gerações libertem o País destes partidos."
Acrescenta que a
situação não se deve apenas ao atual Governo mas "a governos sucessivos
que permitiram o predomínio do poder económico sobre o político, aos grupos de
interesses e também, infelizmente, a um alastrar da corrupção que é uma
vergonha para o País." A solução para se sair desta situação é
"apostar verdadeiramente num Estado inteligente", realidade que não
se tem verificado, por exemplo, na reforma do Estado e de todas as instituições
que o constituem: "Já se nomearam durante 19 governos constitucionais
ministros da Reforma Administrativa e da modernização e até agora ainda não a
fizemos. Pelo contrário, destruímos as instituições essenciais para realizar
essa reforma e os governantes preferem fazer encomendas de serviços e de
estudos a entidades que não estão integrados no Estado e que muitas vezes
produzem relatórios em que apenas apostam nas ideias que esses governantes têm.
Ou seja, destruímos o Estado inteligente que era necessário para reformar o
Estado."
O professor
catedrático critica também a política educativa do ministro Nuno Crato e
considera-o uma desilusão. Quanto à atuação do Presidente da República, acha
que a Constituição de veria dar-lhe mais poderes.
Leia a entrevista
na íntegra na edição em papel ou e-paper do DN
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