SOFIA RODRIGUES - Público
Antigo ministro do
PSD explica que regressou ao partido para dar o seu “melhor contributo”.
O antigo ministro
do PSD Miguel Relvas criticou os comentadores que fizeram “análises patéticas”
sobe o seu regresso à vida política activa e garantiu que aceitou encabeçar a
lista do Conselho Nacional do partido para dar o seu "melhor contributo".
Na sua primeira
intervenção desde que o seu regresso ao partido foi anunciado na passada
semana, Miguel Relvas decidiu justificar a sua decisão de aceitar integrar o
Conselho Nacional. “Depois de tantos anos de militância activa, pertencer a
este órgão e nele dar o meu melhor contributo ao nosso partido, foi o único
motivo da minha decisão”, disse o antigo braço direito de Passos Coelho, na
reunião do Conselho Nacional para ratificar a lista da coligação PSD/CDS às
europeias, a decorrer em Lisboa.
No discurso a que o
PÚBLICO teve acesso – e que suscitou aplausos no fim - Miguel Relvas sugeriu
que se está a justificar por causa de comentadores, que não nomeou. “Confesso
que foi com grande surpresa que dei conta das análises patéticas de alguns
comentadores”, disse, acrescentando que há “comentadores de primeira, de
segunda e aprendizes de comentadores”, mas cujo “ADN comum” é errar, enganar-se
e não acertar”.
Elogiando o cabeça
de lista Paulo Rangel, Miguel Relvas deixou uma mensagem ânimo ao partido:
“Importa que nós os PSD que estão deste lado da barricada não percamos a
esperança que nos anima e nos faz andar para a frente”. E assumiu querer fazer
parte do que aí vem. “Estou aqui para vos dizer que, assim como ao longo de
todos estes anos puderam contar comigo, que é ao vosso lado que quero
caminhar”, afirmou.
Miguel Relvas citou
Grouxo Marx, Sá Carneiro e terminou o discurso com um provérbio: “Há um ditado
chinês que diz ‘quando os ventos sopram alguns abrigam-se, outros constroem
moinhos’. Eu escolhi sempre construir moinhos, convosco”.
Relativamente à
lista PSD/CDS para as europeias, Paulo Rangel falou aos jornalistas, à margem
do Conselho Nacional, sobre os critérios que presidiram à elaboração. A lista
reflecte “equilíbrio geográfico, geracional, de competências e uma renovação”,
afirmou. Quanto a objectivos eleitorais, Paulo Rangel escusou-se a quantificar.
“Ganhar é ter mais votos e mais eurodeputados”, sublinhou.
Em segundo lugar na
lista está o ex-autarca Fernando Ruas, em terceiro surge Sofia Ribeiro, que é independente
e sindicalista. Depois de Nuno Melo (quarto, pelo CDS, o quinto lugar é do
eurodeputado Carlos Coelho, o sexto é a deputada Claúdia Aguiar (PSD-Madeira).
Em sétimo mantém-se o eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes e a oitava
posição pertence ao CDS e será uma mulher.
Sem comentários:
Enviar um comentário