sábado, 1 de março de 2014

Ucrânia: Antecipado para 30 de março referendo para reforçar autonomia da Crimeia




O novo primeiro-ministro da Crimeia, Serguéi Axiónov, anunciou hoje que será antecipado para 30 de março, em vez de 25 de maio, o referendo que leva a votação o reforço da autonomia da Crimeia.

O Parlamento da Crimeia, península do sul da Ucrânia com maioria de população russófona, tinha aprovado a 27 de fevereiro a realização em maio de uma consulta para estender a autonomia desta república ucraniana com maioria de população de língua russa.

O dia 25 de maio foi escolhido inicialmente por ser aquele em que deverão realizar-se eleições presidenciais antecipadas na Ucrânia, depois da destituição, a semana passada, do Presidente Viktor Ianukovich.

Quando foi conhecida a realização do referendo, o governo da república autónoma da Crimeia negou que tal significasse a intenção de pretender promover a secessão da Ucrânia: "Não procuramos a independência. Simplesmente, queremos que a Crimeia seja uma autêntica república autónoma no quadro da Ucrânia, e não como agora, quando esses atributos não são exercidos", assegurou à agência noticiosa Efe um porta-voz do governo da península.

A informação hoje conhecida dá conta da antecipação do referendo que perguntará a cada eleitor se "apoia a autodeterminação da Crimeia no interior da Ucrânia na base dos tratados e convenções internacionais".

A Crimeia tem já o estatuto de república autónoma dentro da Ucrânia, depois de ter pertencido à Rússia, no âmbito da União Soviética, e de ter sido anexada à Ucrânia em 1954.

Os censos mais recentes indicam que neste território, com 26.081 quilómetros quadrados e que acolhe uma base naval russa em Sebastopol, vivem cerca de dois milhões de pessoas, incluindo 60% de russos, 25% de ucranianos e 12% de tártaros.

No âmbito do conflito que está a viver a Ucrânia, os russos, a maioria da população na Crimeia, acusam as novas autoridades em Kiev de "usurpação do poder", na sequência da deposição do Presidente Viktor Ianukovich, e de pretenderem impor na península a "cultura ucraniana". Pelo contrário, os tártaros locais defendem a unidade e integridade territorial da Ucrânia e opõem-se à convocação de um referendo separatista.

Notícias ao Minuto

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