ANGOLA E RÚSSIA ASSINAM HOJE MEMORANDO DE ENTENDIMENTO

Angola e Rússia assinam hoje em Moscovo um Memorando de Entendimento de Consultas Políticas e Diplomáticas Regulares, no âmbito duma visita de trabalho de 72 horas iniciada segunda-feira pelo chefe da diplomacia angolana.

Numa nota de imprensa enviada hoje à Lusa salienta-se que o ministro Georges Chikoti reúne-se hoje com o seu homólogo russo, Sergey Lavrov, e que os dois países realizam no segundo semestre deste ano a 3ª Reunião da Comissão Mista Bilateral.

Nesta reunião, Angola e Rússia vão trabalhar para a revisão de acordos anteriores e assinar novos instrumentos jurídicos nos setores dos transportes, nomeadamente ferroviário e marítimo, da formação de quadros e do reconhecimento de diplomas do ensino superior.

Georges Chikoti, que termina a visita na quarta-feira, encontrou-se segunda-feira com o ministro russo dos Recursos Naturais e Co-Presidente, pela parte russa, da Comissão Mista Bilateral Angola-Rússia, Sergey Donskoy.

Segundo a nota do Ministério das Relações Exteriores de Angola, o governante russo considerou Angola o maior parceiro da Rússia no quadro da cooperação e comércio em África.

Ainda na segunda-feira, Georges Chikoti dirigiu uma palestra sobre a política externa de Angola, no Instituto de Relações Internacionais (MGIMO) do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, onde destacou que Angola, além de outras prioridades, condena "o uso da força como meio de resolução de conflitos fora do sistema das Nações Unidas e da Carta da União Africana".

O respeito pelos direitos humanos e o reconhecimento do direito internacional como norma e conduta dos Estados nas suas relações de cooperação foram igualmente destacados pelo chefe da diplomacia angolana.

Assistiram à palestra académicos, estudantes russos e angolanos, diplomatas e convidados da MGIMO e da embaixada de Angola na Rússia.

Na ocasião Georges Chikoti salientou que Angola e a Rússia mantêm relações de amizade e cooperação excelentes.

As atuais relações de cooperação entre os dois países privilegiam os setores da geologia e minas, energia, educação, defesa e saúde.

Lusa, em Notícias ao Minuto