Depois do polémico
"o problema é deles", segue-se um encontro de "afeto" com a
Associação 25 de Abril e depois uma reunião com os líderes parlamentares.
Cristina Figueiredo
- Expresso
Assunção Esteves
anuiu ao pedido que o líder do grupo parlamentar do PS, Alberto Martins, lhe
dirigiu por carta na sexta-feira da semana passada.
Hoje, depois de ir
à Associação 25 de abril (às 16h15) "fazer as pazes" com Vasco
Lourenço, e após inaugurar a exposição "O nascimento de uma
Democracia" (às 18h00), no âmbito das comemorações dos 40 anos do 25 de
abril no Parlamento, a Presidente da Assembleia da República reúne-se com
os líderes parlamentares para discutir se os militares de Abril podem ou não
intervir na sessão solene comemorativa da efeméride.
"A pretensão
dos capitães de Abril, representados pela Associação 25 de Abril, de falar na
sessão solene do 25 de Abril tornou-se um facto público que a Assembleia da
República deve apreciar, em tempo útil", argumentava o líder da bancada
socialista na carta dirigida a Assunção Esteves.
O presidente da
Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, anunciara na quinta-feira que a
associação estaria mais uma vez ausente da sessão solene do 25 de Abril no
Parlamento, depois de a presidente da Assembleia ter rejeitado que os militares
de Abril usassem da palavra no plenário, que tinham imposto como condição para voltarem
a comparecer na cerimónia. Assunção Esteves dissera mesmo "o problema é
deles".
Criticada por todos
pela gestão do processo, a presidente do Parlamento decidiu deslocar-se esta
quarta-feira à Associação 25 de Abril, onde é recebida por Vasco Lourenço num
encontro que o gabinete de Assunção Esteves classificou como sendo "de
afeto".
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