quarta-feira, 16 de abril de 2014

Portugal: Assunção aceita discutir intervenção dos militares de Abril na sessão solene




Depois do polémico "o problema é deles", segue-se um encontro de "afeto" com a Associação 25 de Abril e depois uma reunião com os líderes parlamentares.

Cristina Figueiredo - Expresso

Assunção Esteves anuiu ao pedido que o líder do grupo parlamentar do PS, Alberto Martins, lhe dirigiu por carta na sexta-feira da semana passada.

Hoje, depois de ir à Associação 25 de abril (às 16h15) "fazer as pazes" com Vasco Lourenço, e após inaugurar a exposição "O nascimento de uma Democracia" (às 18h00), no âmbito das comemorações dos 40 anos do 25 de abril no Parlamento, a Presidente da Assembleia da República reúne-se com os líderes parlamentares para discutir se os militares de Abril podem ou não intervir na sessão solene comemorativa da efeméride.

"A pretensão dos capitães de Abril, representados pela Associação 25 de Abril, de falar na sessão solene do 25 de Abril tornou-se um facto público que a Assembleia da República deve apreciar, em tempo útil", argumentava o líder da bancada socialista na carta dirigida a Assunção Esteves.

O presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, anunciara na quinta-feira que a associação estaria mais uma vez ausente da sessão solene do 25 de Abril no Parlamento, depois de a presidente da Assembleia ter rejeitado que os militares de Abril usassem da palavra no plenário, que tinham imposto como condição para voltarem a comparecer na cerimónia. Assunção Esteves dissera mesmo "o problema é deles".

Criticada por todos pela gestão do processo, a presidente do Parlamento decidiu deslocar-se esta quarta-feira à Associação 25 de Abril, onde é recebida por Vasco Lourenço num encontro que o gabinete de Assunção Esteves classificou como sendo "de afeto".

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