Díli,
28 jun (Lusa) - O secretário-geral da Frente Revolucionária de Timor-Leste
Independente (Fretilin), Mari Alkatiri, afirmou hoje que a entrada da
Guiné-Equatorial na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai
ajudar a organização a tornar-se numa potência económica.
"Se
quisermos fazer da CPLP uma potência económica, esta entrada vai ajudar. Não
tenho dúvidas nenhumas e se quisermos generalizar o uso da língua portuguesa em
outros países, essa entrada também vai ajudar", afirmou Mari Alkatiri em
entrevista à agência Lusa.
O
antigo primeiro-ministro timorense alertou, contudo, que é "preciso ter-se
um certo cuidado na definição estatutária".
"No
fundo, o núcleo forte deverá ser sempre o dos países de língua portuguesa, isso
não poderá ser diluído porque a CPLP pode perder a sua natureza, o seu carácter
cultural e histórico para passar só à valorização económica
multicontinental", alertou.
Para
Mari Alkatiri, o que se pretende é que a CPLP "continue ligada à fronteira
que é histórica e cultural" e que gera os princípios da "identidade e
solidariedade que ultrapassam o normal dos países".
A
Guiné-Equatorial é "bem-vinda", salientou.
Timor-Leste
assume pela primeira vez a presidência da CPLP durante a cimeira de chefes de
Estado e de Governo da organização que se realiza a 23 de julho em Díli e que
poderá ficar marcada pela entrada da Guiné-Equatorial.
MSE
// APN - Lusa
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