domingo, 29 de junho de 2014

Partido no poder em Cabo Verde prepara eleição de novo líder




O Conselho Nacional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder) reúne-se hoje, na cidade da Praia, para fixar a data da eleição de um novo líder para substituir o atual, José Maria Neves, já no próximo ano.

Praia - O Conselho Nacional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder) reúne-se esta sexta-feira, na cidade da Praia, para fixar a data da eleição de um novo líder para substituir o atual, José Maria Neves, já no próximo ano.

Esta reunião entre dois congressos vai ainda definir a data para a realização do XIV congresso extraordinário do PAICV e um plano de ação para o período que resta ainda até ao final de 2014, de acordo com a fonte.

O encontro marca assim o início de um novo ciclo político do PAICV que vai passar pela substituição do seu atual líder que, há já algum tempo, anunciou não ambicionar um novo mandato à frente do partido de que é o líder desde 2000.

Garantiu no entanto que, mesmo depois de eleito o novo líder do partido, irá continuar a chefiar o Governo até ao final da legislatura em 2016.

Quatro candidatos se perfilam na corrida para a sucessão a José Maria Neves, designadamente  a ministra da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Janira Hopffer Almada, a ministra-adjunta e da Saúde, Cristina Fontes Lima, o líder parlamentar do PAICV na Assembleia Nacional (Parlamento), Felisberto Vieira, e o vice-presidente do Parlamento e secretário-geral do partido, Júlio Correia.

O sucessor de José Maria Neves vai liderar o novo Governo que sair das eleições legislativas em Cabo Verde, previstas para o primeiro trimestre de 2016.

Em declarações à imprensa, Júlio Correia considerou "muito importante" que este encontro, que decorre até domingo, defina um plano de ação político que permita ao partido preparar-se para os próximos tempos, bem como garantir a sua coesão e unidade internas de modo a mobilizar os militantes para vencerem as eleições de 2016.

Quanto à eleição do futuro presidente do partido, ele sublinhou que, apesar da existência de  quatro candidaturas em curso, o importante é que o PAICV "se mantenha unido, coeso e fora das questões que estritamente tenham a ver com as campanhas eleitorais".

Por esta razão, ele recordou que as instruções dadas pela direção do partido foram "muito claras", precisando que as estruturas locais e regionais do PAICV devem ser espaços que promovam a clarificação e a apresentação da ação e das ideias dos candidatos e nunca "ser capituladas" em nome desta ou daquela candidatura.

Para Júlio Correia, o mais importante é que esta disputa seja para "empoderar os militantes", criar uma dinâmica forte do partido e prepará-lo para as próximas eleições.

África 21 - Panapress

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