O
Conselho Nacional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no
poder) reúne-se hoje, na cidade da Praia, para fixar a data da eleição de um
novo líder para substituir o atual, José Maria Neves, já no próximo ano.
Praia -
O Conselho Nacional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV,
no poder) reúne-se esta sexta-feira, na cidade da Praia, para fixar a data da
eleição de um novo líder para substituir o atual, José Maria Neves, já no
próximo ano.
Esta
reunião entre dois congressos vai ainda definir a data para a realização do XIV
congresso extraordinário do PAICV e um plano de ação para o período que resta
ainda até ao final de 2014, de acordo com a fonte.
O
encontro marca assim o início de um novo ciclo político do PAICV que vai passar
pela substituição do seu atual líder que, há já algum tempo, anunciou não
ambicionar um novo mandato à frente do partido de que é o líder desde 2000.
Garantiu
no entanto que, mesmo depois de eleito o novo líder do partido, irá continuar a
chefiar o Governo até ao final da legislatura em 2016.
Quatro
candidatos se perfilam na corrida para a sucessão a José Maria Neves,
designadamente a ministra da Juventude, Emprego e Desenvolvimento
dos Recursos Humanos, Janira Hopffer Almada, a ministra-adjunta e da Saúde,
Cristina Fontes Lima, o líder parlamentar do PAICV na Assembleia Nacional
(Parlamento), Felisberto Vieira, e o vice-presidente do Parlamento e
secretário-geral do partido, Júlio Correia.
O
sucessor de José Maria Neves vai liderar o novo Governo que sair das eleições
legislativas em Cabo Verde ,
previstas para o primeiro trimestre de 2016.
Em
declarações à imprensa, Júlio Correia considerou "muito importante"
que este encontro, que decorre até domingo, defina um plano de ação político
que permita ao partido preparar-se para os próximos tempos, bem como garantir a
sua coesão e unidade internas de modo a mobilizar os militantes para vencerem
as eleições de 2016.
Quanto
à eleição do futuro presidente do partido, ele sublinhou que, apesar da
existência de quatro candidaturas em curso, o importante é que o
PAICV "se mantenha unido, coeso e fora das questões que estritamente
tenham a ver com as campanhas eleitorais".
Por
esta razão, ele recordou que as instruções dadas pela direção do partido foram
"muito claras", precisando que as estruturas locais e regionais do
PAICV devem ser espaços que promovam a clarificação e a apresentação da ação e
das ideias dos candidatos e nunca "ser capituladas" em nome desta ou
daquela candidatura.
Para
Júlio Correia, o mais importante é que esta disputa seja para "empoderar
os militantes", criar uma dinâmica forte do partido e prepará-lo para as
próximas eleições.
África
21 - Panapress
Sem comentários:
Enviar um comentário