Milhares
marcharam sobre Londres para mandar um recado ao governo: não foram os mais
pobres que causaram a crise e não são eles que devem ser punidos.
Andrea
Germanos, do Common Dreams – em
Carta Maior
Dezenas
de milhares de pessoas se reuniram em Londres no último sábado sob a bandeira
da Assembleia Popular Contra a Austeridade, demandando uma alternativa às
políticas que eles declaram terem beneficiado os ricos, arriscando empobrecer
milhões e ignorando a verdadeira raiz da crise econômica.
A Assembleia foi formada em 2013 para mobilizar a população e oferecer uma plataforma de visões anti-austeridade que seus membros declaram estar de fora do Parlamento. O ativista anti-guerra Tony Benn disse em entrevista ao Democracy Now!, “você deve avaliar um país segundo a contemplação de suas necessidades, e não apenas se as pessoas estão lucrando.”
A marcha de sábado começou em frente à sede da BBC, se manifestando contra o que os organizadores veem como “a falta de cobertura das ações anti-austeridade, tanto regional quanto nacionalmente.” A marcha então continuou até a Praça do Parlamento.
A Assembleia foi formada em 2013 para mobilizar a população e oferecer uma plataforma de visões anti-austeridade que seus membros declaram estar de fora do Parlamento. O ativista anti-guerra Tony Benn disse em entrevista ao Democracy Now!, “você deve avaliar um país segundo a contemplação de suas necessidades, e não apenas se as pessoas estão lucrando.”
A marcha de sábado começou em frente à sede da BBC, se manifestando contra o que os organizadores veem como “a falta de cobertura das ações anti-austeridade, tanto regional quanto nacionalmente.” A marcha então continuou até a Praça do Parlamento.
À
frente da marcha, Lindsey German, do Parem a Coalizão de Guerra, descreveu
porque ela apoia a Assembleia Popular, “um mundo melhor é possível”:
“(...) um governo perverso que piorou a vida das pessoas, é contrário àqueles que possuem benefícios, está privatizando o NHS (Sistema Nacional de Saúde) e tem gastado com armamento e guerras, não pode clamar que está representando a maioria.
Nós devemos tomar as ruas para nos opormos a isso e exigir que todos neste país extremamente rico tenham o direito a um salário decente, à moradia, à educação gratuita e à saúde. Um mundo melhor é possível.”
Entre
aqueles que discursavam no evento estava o comediante Russel Brand, que disse à
multidão, “o poder não está lá (na Casa dos Comuns), ele está aqui, conosco. A
revolução de que necessitamos não é feita de ideias radicais, mas de ideias que
nós já temos - será uma revolução pacífica e cheia de alegria.”
A
deputada Caroline Lucas, do Partido Verde, também falou com os manifestantes,
“nós estamos aqui mandando uma mensagem importante ao governo, a de que não
foram os pobres que causaram a crise econômica. Não foram as pessoas com
seguro-desemprego que derrubaram os bancos. Não são as pessoas com deficiência
que estão gastando bilhões especulando em mercados de risco. Não são os
imigrantes que estão roubando bilhões em bônus. Então é por
isso que aqui estamos, para dizer que parem de punir os mais pobres, parem com
essa austeridade contraproducente.”
O
deputado Jeremy Corbyn declarou durante a manifestação que “tem havido uma
campanha na mídia que basicamente passa a seguinte ideia: se você é pobre,
então a culpa é sua. Se você está requisitando benefícios, você não deveria. Se
você está usando o NHS excessivamente, então pare… a culpa é toda sua de que
estamos passando por uma crise econômica no presente.”
“Há um jogo de culpabilidade ocorrendo que está desenhado para tirar toda a atenção dos sonegadores, dos que especulam sobre as propriedades, dos grandes banqueiros, todos eles que são a causa real do problema, a causa real da crise de moradia.”
*Imagens
da matéria por Cadi Cliff / Flickr
Tradução
de Roberto Brilhante
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