Documento
comercial escondido a sete chaves, se posto em prática, fará muitos países
reféns das mesmas políticas econômicas desastrosas dos anos 1990
Redação
do Common Dreams – Carta Maior
O
Wikileaks publicou quinta-feira um documento comercial escondido a sete chaves,
que se promulgado, daria ao mundo financeiro uma posição ainda mais dominante
no controle da economia global, pois evitaria regulações e a prestação pública
de contas.
Conhecido como TISA: Trade in Services Agreemente, o projeto representa as posições de negociação dos EUA e da União Européia e estabele as estratégias desregulatórias defendidas por alguns dos maiores bancos e firmas de investimento do mundo.
De acordo com o Wikileaks:
Apesar dos fracassos na regulação do sistema financeiro que se evidenciaram na Crise de 2007-2008 e os clamores por uma melhora de estruturas regulatórias relevantes, os proponentes do TISA pretendem desregular ainda mais o mercado financeiro global. O projeto Serviçoes Financeiros Anexos coloca regras que ajudariam a expansão de financeiras multi-nacionais - principalmente aquelas com sedeem Nova Iorque ,
Londres, Paris e Frankfurt - na direção de outras nações com barreiras
regulatórias. O projeto vazado também mostra que os EUA é particularmente a
favor de aumentar o fluxo de dados transfronteiriços, o que permitiria uma
troca de dados pessoais e financeiros muito maior.
As negociações do TISA já estão ocorrendo fora do Acordo Geral sobre Comércio de Serviços (GATS, em inglês) e do quadro da Organização Mundial do Comércio (WTO, em inglês). No entanto, o Acordo está sendo lapidado para ser compatível com o GATS, para que uma boa parte dos participantes sejam capazes de pressionar os membros do WTO a assinar o Acordo no futuro. Entre os 50 países ausentes nas negociações estão Brasil, Rússia, Índia e China. A natureza exclusivista do TISA enfraquecerá as posições destes países em futuras negociações de serviços.
Lori Wallach, diretor do Public Citizen’s Global Trade Watch, declarou que o acordo descrito no projeto, se aprovado pelos governos nacionais, seria um desastre para quaisquer esforços regulatórios que tentassem colocar em xeque o financismo global.
Em uma declaração em resposta ao TISA liberado pelo Wikileaks esta quinta, Wallach disse:
“Se o texto vazado for posto em prática, ele reverteria as melhorias feitas depois da crise financeira global que salvaguardavam os consumidores e a estabilidade financeira, assim como nos jogaria novamente dentro do modelo extremamente desregulado dos anos 1990 que nos levou à crise e aos bilhões em perdas para os consumidores e governos.
“Este é um texto que os grandes bancos e os especuladores financeiros adorariam que pudesse causar um dano real ao resto de nós. Isto inclui um trecho chamado literalmente de “standstill” (paralisação) que proibiria os países de melhorarem a regulação financeira e os deixaria presos àquelas políticas às quais eles estiveram reféns no passado”
Tradução de Roberto Brilhante
Conhecido como TISA: Trade in Services Agreemente, o projeto representa as posições de negociação dos EUA e da União Européia e estabele as estratégias desregulatórias defendidas por alguns dos maiores bancos e firmas de investimento do mundo.
De acordo com o Wikileaks:
Apesar dos fracassos na regulação do sistema financeiro que se evidenciaram na Crise de 2007-2008 e os clamores por uma melhora de estruturas regulatórias relevantes, os proponentes do TISA pretendem desregular ainda mais o mercado financeiro global. O projeto Serviçoes Financeiros Anexos coloca regras que ajudariam a expansão de financeiras multi-nacionais - principalmente aquelas com sede
As negociações do TISA já estão ocorrendo fora do Acordo Geral sobre Comércio de Serviços (GATS, em inglês) e do quadro da Organização Mundial do Comércio (WTO, em inglês). No entanto, o Acordo está sendo lapidado para ser compatível com o GATS, para que uma boa parte dos participantes sejam capazes de pressionar os membros do WTO a assinar o Acordo no futuro. Entre os 50 países ausentes nas negociações estão Brasil, Rússia, Índia e China. A natureza exclusivista do TISA enfraquecerá as posições destes países em futuras negociações de serviços.
Lori Wallach, diretor do Public Citizen’s Global Trade Watch, declarou que o acordo descrito no projeto, se aprovado pelos governos nacionais, seria um desastre para quaisquer esforços regulatórios que tentassem colocar em xeque o financismo global.
Em uma declaração em resposta ao TISA liberado pelo Wikileaks esta quinta, Wallach disse:
“Se o texto vazado for posto em prática, ele reverteria as melhorias feitas depois da crise financeira global que salvaguardavam os consumidores e a estabilidade financeira, assim como nos jogaria novamente dentro do modelo extremamente desregulado dos anos 1990 que nos levou à crise e aos bilhões em perdas para os consumidores e governos.
“Este é um texto que os grandes bancos e os especuladores financeiros adorariam que pudesse causar um dano real ao resto de nós. Isto inclui um trecho chamado literalmente de “standstill” (paralisação) que proibiria os países de melhorarem a regulação financeira e os deixaria presos àquelas políticas às quais eles estiveram reféns no passado”
Tradução de Roberto Brilhante
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