Seul,
21 jul (Lusa) - O Presidente da República, Cavaco Silva, remeteu hoje para
depois da cimeira da próxima quarta-feira um comentário sobre a eventual
entrada da Guiné-Equatorial na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP), que será discutida em Díli.
Questionado
pelos jornalistas sobre se irá votar vencido sobre a entrada da
Guiné-Equatorial na CPLP, que será debatida pelos chefes de Estado e de Governo
dos países lusófonos, Cavaco Silva escusou-se a responder.
"Essa
matéria, eu só a abordarei em
Timor. Caso contrário, estaria a desvalorizar o debate que
vai ocorrer", declarou o Presidente da República, que falava aos
jornalistas no final de uma visita oficial de dois dias à Coreia do Sul, antes
de seguir para Díli, onde participará na conferência dos oito países de língua
portuguesa.
A
proposta da entrada da Guiné-Equatorial "é um dos pontos da agenda",
tal como, "por escolha do país anfitrião, a CPLP no quadro da economia
global e da visão estratégica da nova situação dos mercados internacionais",
acrescentou Cavaco Silva.
O
Presidente da República opôs-se, nas cimeiras de 2010 e 2012 da CPLP, à adesão
da Guiné-Equatorial.
Os
membros da CPLP condicionaram a entrada da antiga colónia espanhola desde 1979
por Teodoro Obiang à suspensão da pena de morte e à adoção do português como
língua oficial - a língua mais falada em Malabo é o espanhol.
Em
fevereiro, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos oito países recomendaram
por unanimidade a entrada da Guiné-Equatorial, cabendo a decisão aos chefes de
Estado e de Governo que se reúnem em Díli na quarta-feira.
A
X cimeira, que marca a transição da presidência da organização lusófona de
Moçambique para Timor, tem como tema "A CPLP e a globalização".
JH
// PMC - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário