segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Timor-Leste vulnerável perante as alterações climáticas, diz vice-ministra da Saúde




Genebra, 29 ago (Lusa) -- A vice-ministra da Saúde de Timor-Leste Natália de Araújo alertou hoje, em Genebra, para a vulnerabilidade do país perante a mudança climática e suas consequências sobre na saúde da população local.

Na conclusão da conferência sobre clima e saúde, organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, a vice-ministra timorense disse à Lusa que "as mudanças climáticas (...) afetam o sistema" e podem "criar consequências sérias e ter um impacto direto na saúde" dos timorenses.

A vice-ministra já notou uma mudança no clima desde do início dos anos 2000 que afetou o ritmo das estações do país.

"Antes tínhamos seis meses de época de chuvas e seis meses de época de seca. Agora é mais irregular", disse à Lusa a dirigente, acrescentando que a Ásia do sudeste conhece uma situação similar.

De acordo com a fonte, esta irregularidade provoca problemas para os agricultores, que perdem as suas produções, resultando no aumento da insegurança alimentar e da malnutrição.

"A malnutrição afeta 80% das crianças de menos de cinco ano", disse ela.

Por outro lado, "as condições climáticas extremas provocadas pelo câmbio climático irão impactar diretamente a saúde das comunidades de Timor-Leste" e "criar consequências sérias" para as populações particularmente numa nação em desenvolvimento como Timor, referiu a vice-ministra.

Natália de Araújo sublinhou que a alteração climática também tem um efeito no aumento dos riscos de desastres naturais, como as inundações ou os deslizamentos de terra, que tornam as populações mais ainda vulneráveis perante as doenças.

Mas, a mudança climática "não é só um problema de saúde", aponta a Natália de Araújo.

Segundo a politica timorense, o país já estabeleceu um grupo de trabalho para avaliar o impacto da alteração do clima e nos próximos meses vão-se "convocar reuniões com diversos ministérios (...)" além de " reforçar o sistema que já existe" depois desta reunião em Genebra.

VYE // JPS - Lusa

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