Genebra,
29 ago (Lusa) -- A vice-ministra da Saúde de Timor-Leste Natália de Araújo
alertou hoje, em Genebra, para a vulnerabilidade do país perante a mudança
climática e suas consequências sobre na saúde da população local.
Na
conclusão da conferência sobre clima e saúde, organizada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, a vice-ministra timorense disse à Lusa que
"as mudanças climáticas (...) afetam o sistema" e podem "criar
consequências sérias e ter um impacto direto na saúde" dos timorenses.
A
vice-ministra já notou uma mudança no clima desde do início dos anos 2000 que
afetou o ritmo das estações do país.
"Antes
tínhamos seis meses de época de chuvas e seis meses de época de seca. Agora é
mais irregular", disse à Lusa a dirigente, acrescentando que a Ásia do
sudeste conhece uma situação similar.
De
acordo com a fonte, esta irregularidade provoca problemas para os agricultores,
que perdem as suas produções, resultando no aumento da insegurança alimentar e
da malnutrição.
"A
malnutrição afeta 80% das crianças de menos de cinco ano", disse ela.
Por
outro lado, "as condições climáticas extremas provocadas pelo câmbio
climático irão impactar diretamente a saúde das comunidades de
Timor-Leste" e "criar consequências sérias" para as populações
particularmente numa nação em desenvolvimento como Timor, referiu a
vice-ministra.
Natália
de Araújo sublinhou que a alteração climática também tem um efeito no aumento
dos riscos de desastres naturais, como as inundações ou os deslizamentos de
terra, que tornam as populações mais ainda vulneráveis perante as doenças.
Mas,
a mudança climática "não é só um problema de saúde", aponta a Natália
de Araújo.
Segundo
a politica timorense, o país já estabeleceu um grupo de trabalho para avaliar o
impacto da alteração do clima e nos próximos meses vão-se "convocar
reuniões com diversos ministérios (...)" além de " reforçar o sistema
que já existe" depois desta reunião em Genebra.
VYE
// JPS - Lusa
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