Díli,
01 set (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, defendeu, no
Fórum Global da Aliança das Civilizações da ONU, uma revolução na forma como se
encaram as minorias para dar resposta às causas que estão na base do
extremismo.
"Para
podermos avançar, fica claro que precisamos de uma revolução a nível global na
forma como se encaram as minorias, os marginalizados e os pobres", afirmou
Xanana Gusmão no discurso enviado hoje à agência Lusa.
Segundo
o primeiro-ministro timorense, é preciso dar resposta às "causas que estão
na base do extremismo e da intolerância" através do combate à
desigualdade, pobreza, desemprego, exclusão e discriminação.
"Todos
sabemos que é fácil usar as diferenças e as injustiças para incitar as tensões
e, por isso, precisamos de dar a cada fação a oportunidade de falar com as
outras, para que não recorram ao ódio e a ações de violência", insistiu
Xanana Gusmão.
No
discurso, Xanana Gusmão pediu também aos líderes internacionais para alterarem
a forma como olham para os "problemas no mundo em vias de
desenvolvimento".
"Essa
é a condição primária para gerar confiança e minimizar as hostilidades",
disse, concluindo que o mundo precisa de mais humanismo, convicção, dedicação e
coragem dos seus líderes para promover a aliança de civilizações.
O
primeiro-ministro timorense viajou na quinta-feira para Bali, na Indonésia,
para participar no VI Fórum Mundial da Aliança das Civilizações da ONU, que
terminou domingo.
Hoje,
Xanana Gusmão viajou para Samoa, onde vai participar na Conferência da ONU
sobre Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, que vai decorrer até
quarta-feira.
MSE
// PMC - Lusa
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