quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Timor-Leste tem a maior taxa de mortalidade por tuberculose na CPLP




Timor-Leste é o país com a maior taxa de mortalidade devido à tuberculose entre os países lusófonos, segundo a Rádio ONU em Nova Iorque.

De acordo com o Relatório Global sobre a Tuberculose em 2013, lançado esta quarta-feira, em Genebra, morreram 87 pacientes da doença em cada 100 mil habitantes, em Timor-Leste. Em segundo lugar está a Guiné-Bissau com 71 mortes.

Moçambique regista 69 óbitos em cada 100 mil habitantes, a Rádio ONU ouviu a reação do diretor do Programa Nacional do Controle da Tuberculose, Ivan Manhiça, em Maputo que disse que Moçambique tem as maiores taxas de infeção pelo HIV, que por sua vez influenciam as prevalências da tuberculose.

"Moçambique está na região do mundo que tem as maiores taxas de infeção pelo HIV. Naturalmente, as altas prevalência de HIV na região influenciam as prevalências da tuberculose. Moçambique está também numa região em que há uma grande migração de mineiros para a África do Sul e, naturalmente, esse país é um dos que tem das maiores taxas de tuberculose no mundo", explicou.

Do grupo, seguem-se Angola com 32 casos, Cabo Verde com 30, São Tomé e Príncipe com 9,3, Portugal com 1,3.

O Brasil está na cauda com 2,2 óbitos em cada 100 mil habitantes.

Em todo o mundo, 9 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose em 2013. Destas 1,5 milhão pessoas morreram. A taxa de prevalência da tuberculose caiu 41% a nível global entre 1990 e 2013.

A África no ano passado, registou 300 casos de tuberculose em cada 100 mil habitantes.

Moçambique regista uma prevalência de 559 casos em 100 mil pessoas, seguido da Guiné-Bissau, com 515, e Angola com 423 casos. O Brasil apresentou o menor número de doentes no ano passado, com 57 casos em cada 100 mil habitantes.

O relatório estima que 510 mil mulheres morreram devido à tuberculose, sendo mais de um terço HIV-positivos. Cerca de 60% dos casos de tuberculose e das mortes ocorrem em homens.

Relativamente ao casos de coinfeção com tuberculose e o vírus da sida, Cabo Verde apresenta uma taxa de 92%. São Tomé e Príncipe e Moçambique tiveram 91% e o Brasil teve 65%. Seguem-se Portugal com 64%, Guiné-Bissau com 61%,  Timor-Leste com 41% e Angola com 40%.

Todas as regiões do mundo atingiram o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio de deter e reverter a incidência da tuberculose. Brasil e Moçambique estão entre os 22 países de alta carga da doença e onde na maior parte a meta foi alcançada.

África teve o maior índice de casos e de óbitos com 42 pessoas mortas em cada 100 mil. O continente teve 32 de 100 mil habitantes com HIV e Tuberculose. Um quarto dos afetados pela tuberculose a nível global foram de África. Mais da metade, 56%, são das regiões do sudeste da Ásia e do Pacífico.

A Índia e a China registaram 24% e 11% do total de casos. A nível global, a taxa de mortalidade por tuberculose caiu em cerca de 45% entre 1990 e 2013.

Quanto à incidência Moçambique lidera com 552 casos de pessoas que ficaram doentes. A seguir está Timor-Leste com 498 e Guiné-Bissau com 387. Angola registou 320 casos de pessoas que ficaram doentes no ano passado em cada 100 mil habitantes.

SAPO TL com Rádio ONU 

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