Díli,
23 out (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, desafiou
hoje o Governo e o parlamento a trabalharem para melhorar a situação da mulher,
de modo a que tenha as mesmas oportunidades que os homens de contribuir para o
desenvolvimento do país.
"Faço
votos que todos, Parlamento Nacional e Governo, bem como o povo de Timor-Leste,
trabalhemos em conjunto para continuar a melhorar a situação das mulheres e
para assegurar que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens
para contribuir para o desenvolvimento do país", afirmou Xanana Gusmão.
O
primeiro-ministro timorense falava na sessão de abertura do seminário
internacional sobre "Género no Parlamento e a política de promoção de
igualdade do género", que termina sexta-feira.
O
seminário tem como objetivo fazer uma reflexão sobre os problemas relacionados
com o papel da política na igualdade de género, saúde, educação e violência
doméstica no país.
Apesar
de Timor-Leste ser o país na Ásia que conta com mais mulheres no parlamento,
Xanana Gusmão defendeu que também é importante que seja sensível à questão do
género.
"É
também importante termos um parlamento sensível à questão do género, que dê
resposta às necessidades e interesses tanto de homens como das mulheres e
garanta a igualdade de participação", disse o primeiro-ministro.
Para
o chefe do executivo timorense, o parlamento sensível à igualdade de género
funciona sem "qualquer discriminação" e tem mulheres a participar de
igual forma na "condução e nos procedimentos do parlamento".
No
discurso, o primeiro-ministro disse que a participação das mulheres no
parlamento envolve também os partidos políticos que devem assumir a
"responsabilidade de promover as mulheres desde as bases".
"Os
partidos políticos precisam de garantir que os deputados representam toda a
sociedade e não apenas uma elite reduzida", afirmou.
Para
Xanana Gusmão, ter mulheres no parlamento pode "conduzir a melhores
resultados para o povo timorense", porque trazem perspetivas diferentes a
respeito de questões legislativas e políticas.
"Sabemos
que ter mulheres no parlamento pode ajudar também a garantir que as leis não
sejam discriminatórias e que promovam ativamente a inclusão e a igualdade do
género", sublinhou.
Timor-Leste
celebra o dia nacional da mulher timorense a sete de novembro.
MSE
// JPS - Lusa
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