quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Xanana defende maior participação das mulheres no desenvolvimento de Timor-Leste




Díli, 23 out (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, desafiou hoje o Governo e o parlamento a trabalharem para melhorar a situação da mulher, de modo a que tenha as mesmas oportunidades que os homens de contribuir para o desenvolvimento do país.

"Faço votos que todos, Parlamento Nacional e Governo, bem como o povo de Timor-Leste, trabalhemos em conjunto para continuar a melhorar a situação das mulheres e para assegurar que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens para contribuir para o desenvolvimento do país", afirmou Xanana Gusmão.

O primeiro-ministro timorense falava na sessão de abertura do seminário internacional sobre "Género no Parlamento e a política de promoção de igualdade do género", que termina sexta-feira.

O seminário tem como objetivo fazer uma reflexão sobre os problemas relacionados com o papel da política na igualdade de género, saúde, educação e violência doméstica no país.

Apesar de Timor-Leste ser o país na Ásia que conta com mais mulheres no parlamento, Xanana Gusmão defendeu que também é importante que seja sensível à questão do género.

"É também importante termos um parlamento sensível à questão do género, que dê resposta às necessidades e interesses tanto de homens como das mulheres e garanta a igualdade de participação", disse o primeiro-ministro.

Para o chefe do executivo timorense, o parlamento sensível à igualdade de género funciona sem "qualquer discriminação" e tem mulheres a participar de igual forma na "condução e nos procedimentos do parlamento".

No discurso, o primeiro-ministro disse que a participação das mulheres no parlamento envolve também os partidos políticos que devem assumir a "responsabilidade de promover as mulheres desde as bases".

"Os partidos políticos precisam de garantir que os deputados representam toda a sociedade e não apenas uma elite reduzida", afirmou.

Para Xanana Gusmão, ter mulheres no parlamento pode "conduzir a melhores resultados para o povo timorense", porque trazem perspetivas diferentes a respeito de questões legislativas e políticas.

"Sabemos que ter mulheres no parlamento pode ajudar também a garantir que as leis não sejam discriminatórias e que promovam ativamente a inclusão e a igualdade do género", sublinhou.

Timor-Leste celebra o dia nacional da mulher timorense a sete de novembro.

MSE // JPS - Lusa

Sem comentários:

Mais lidas da semana