O
vice-primeiro-ministro chinês Ma Kai apelou hoje a uma gestão mais musculada da
Internet durante uma conferência organizada pelo Governo, um evento já
condenado pela Amnistia Internacional.
A
China, que censura conteúdo que considera politicamente sensível, abriu a
Conferência Mundial da Internet, em Wuzhen, com a presença das maiores empresas
do setor a operar no país e alguns executivos estrangeiros.
Os
participantes na conferência, de três dias, puderam gozar de acesso ilimitado a
conteúdos online negados ao resto do país, como o Facebook ou o Twitter.
Além
das redes sociais, Pequim bloqueia alguns meios de comunicação ocidentais
incluindo o jornal The New York Times e o motor de busca Google, entre outros.
O
vice-primeiro-ministro Ma Kai, a mais alta patente chinesa presente na
conferência, disse que a Internet pode servir para impulsionar o
desenvolvimento saudável da segunda maior economia do mundo, mas deixou claro que
devia ser algo controlado pelo Estado.
"O
Governo chinês vai fortalecer a administração da Internet de acordo com a
lei", afirmou Ma.
"Uma
Internet bem gerida é uma questão de soberania de Estado, de dignidade e
desenvolvimento de interesses, e também de segurança internacional e
estabilidade social", defendeu.
A
Amnistia Internacional descreveu a conferência como uma tentativa de Pequim
promover as suas regras para o uso de Internet como um modelo para a regulação
global.
"A
China parece ansiosa por promover as suas regras domésticas para o uso da
Internet como um modelo para a regulação global. Isto provoca arrepios a
qualquer pessoa que valorize a liberdade online", comentou William Nee,
especialista da Amnistia.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
*Título PG
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