quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Conferência pró-censura: CHINA APELA A MAIOR CONTROLO DA INTERNET




O vice-primeiro-ministro chinês Ma Kai apelou hoje a uma gestão mais musculada da Internet durante uma conferência organizada pelo Governo, um evento já condenado pela Amnistia Internacional.

A China, que censura conteúdo que considera politicamente sensível, abriu a Conferência Mundial da Internet, em Wuzhen, com a presença das maiores empresas do setor a operar no país e alguns executivos estrangeiros.

Os participantes na conferência, de três dias, puderam gozar de acesso ilimitado a conteúdos online negados ao resto do país, como o Facebook ou o Twitter.

Além das redes sociais, Pequim bloqueia alguns meios de comunicação ocidentais incluindo o jornal The New York Times e o motor de busca Google, entre outros.

O vice-primeiro-ministro Ma Kai, a mais alta patente chinesa presente na conferência, disse que a Internet pode servir para impulsionar o desenvolvimento saudável da segunda maior economia do mundo, mas deixou claro que devia ser algo controlado pelo Estado.
"O Governo chinês vai fortalecer a administração da Internet de acordo com a lei", afirmou Ma.

"Uma Internet bem gerida é uma questão de soberania de Estado, de dignidade e desenvolvimento de interesses, e também de segurança internacional e estabilidade social", defendeu.

A Amnistia Internacional descreveu a conferência como uma tentativa de Pequim promover as suas regras para o uso de Internet como um modelo para a regulação global.

"A China parece ansiosa por promover as suas regras domésticas para o uso da Internet como um modelo para a regulação global. Isto provoca arrepios a qualquer pessoa que valorize a liberdade online", comentou William Nee, especialista da Amnistia.

Lusa, em Notícias ao Minuto

*Título PG

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