Manifestantes
e polícia entram em confronto violento
Hong
Kong, 19 nov (Lusa) - Manifestantes pró-democracia e polícia entraram hoje em
confronto em Hong Kong
depois de um pequeno grupo ter tentado entrar no complexo governamental, numa
altura em que avançam as operações de desimpedimento das ruas.
Cerca
de uma centena de agentes da polícia usou gás pimenta e equipamento antimotim
para combater os manifestantes, que agitavam chapéus-de-chuva, o símbolo do
movimento.
As
autoridades acabaram por deter quatro pessoas.
"A
polícia condena veementemente os atos dos manifestantes, que perturbaram a
ordem pública", disse a polícia, em comunicado.
Na
origem dos confrontos esteve a tentativa de um grupo de cerca de 12 pessoas de
entrar no Conselho Legislativo usando barricadas de metal como 'arma'
improvisada para abrir caminho.
A
estação televisiva de Hong Kong TVB emitiu imagens em que se ouve um
manifestante dizer "Parte [a porta] e entra".
Há
sete semanas que os manifestantes pró-democracia estão acampados em três
principais zonas de Hong Kong, num protesto para exigir o sufrágio universal
pleno no território.
Na
terça-feira, as autoridades avançaram para retirada das barricadas e os jovens
não ofereceram resistência.
No
entanto, a postura parece ter sido alterada hoje. "Queremos que os
protestos subam de tom. O Governo não respondeu às exigências dos manifestantes
e dos residentes", disse à TVB um manifestante que falava com a cara
parcialmente tapada.
Os
líderes estudantis reforçaram o seu compromisso com um movimento pacífico.
"[Violência]
não é algo a que queiramos assistir. Apelamos aos 'ocupantes' que se mantenham
pacíficos e fiéis aos princípios da não-violência e que sejam participantes
responsáveis no movimento dos guarda-chuvas", disse Lester Shum, da
Federação de Estudantes de Hong Kong.
ISG
// JCS
Milhares
de polícias chamados para desbloquear ruas de Mong Kok
Hong
Kong, 19 nov (Lusa) - Pelo menos 3.000 agentes - mais de um décimo da força
policial de 28.000 agentes - vão ser enviados na quinta-feira para o bairro de
Mong Kok, em Hong Kong ,
para ajudar a reabrir as ruas, segundo fonte da polícia.
"Vamos
precisar de, pelo menos, três vezes mais agentes em Mong Kok ", disse uma
fonte da polícia da antiga colónia britânica ao jornal South China Morning
Post, fazendo referência aos cerca de mil agentes que, na terça-feira,
desbloquearam as ruas em Admiralty.
A
polícia estima que entre 100 a
200 pessoas resistam à operação de desimpedimento da zona.
Os
manifestantes pró-democracia ocupam há mais de sete semanas algumas das principais
ruas da cidade em protesto contra a decisão de Pequim de escrutinar os
candidatos a chefe do Governo antes da população poder escolher o seu líder.
Para
os manifestantes, a candidatura deveria ser livre e a escolha seria feita pela
da população.
Pequim
autorizou que a população de Hong Kong escolha por sufrágio universal o seu
líder que, no entanto, será alvo de uma pré-seleção por um comité eleitoral
onde tem a maioria.
ISG
// JCS - Foto Reuters
*Título PG
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