Na
Guiné-Bissau, Forças Armadas celebram hoje 50 anos de existência debaixo de
contestação da população pelas "atrocidades e instabilidade" de que
são mentores, reconheceu o chefe da instituição, general Biaguê Nan Tan.
Na
hora de balanço da existência dos cinquenta anos das Forças Armadas, o chefe da
instituição, o general Biaguê Nan Tan, disse que apesar de um passado glorioso,
hoje os militares guineenses são vistos como "criadores de instabilidade e
gente que até mete medo à população".
Segundo
o chefe de Estado Maior as Forças Armadas da Guiné Bissau transformaram-se numa
instituição que em vez de proteger o povo "espancava e amedronta a
população" e em vez de se submeter ao poder político cria instabilidade ao
governo.
O
general Biaguê Nan Tan recordou ainda que no passado o militares eram um
exemplo para os países africanos de língua portuguesa, tendo mesmo ajudado
muitos a conquistar a independência e a manter a paz, mas hoje são os militares
desses países que aconselham a Guiné-Bissau sobre como encontrar a
estabilidade.
Para
o chefe das Forças Armadas tudo isso tem de ser mudado, defendo por isso a
formação para os mais jovens que terão de substituir os veteranos no âmbito da
reforma das Forças Armadas. Brevemente será aberta uma escola de estudos
militares em São Vicente
e a partir da qual serão feitas as promoções e graduações de soldados e
oficiais.
O
chefe de Estado maior general das Forças Armadas aproveitou as comemorações do
quinquagésimo aniversário da criação da instituição militar para reafirmar o
seu compromisso de subordinação total ao poder político democraticamente
eleito.
As
Forças Armadas foram criadas pelo PAIGC a 16 de Novembro de 1964 na localidade
de Cassaca, no sul da Guiné-Bissau.
Sem comentários:
Enviar um comentário