Voz da América – Angola Fala Só
Para
Alexandre Dias dos Santos “ O Libertador” o único meio de forçar a realização
das autarquias é através de uma “mega manifestação”
Temos
dirigentes em Angola que se “comportam como bandidos”, disse no “Angola Fala
Só”, o Secretário Executivo da CASA CE em Luanda, Alexandre Dias dos Santos “O
libertador”.
Dias
dos Santos disse que membros da administração de Luanda tinham num passado
recente tentado subornar membros do “movimento revolucionário” de jovens que
regularmente organizam manifestações em Luanda.
Vários
membros desse movimento tinham recebido ofertas de 270 mil dólares e carrinhas
para porem termo às manifestações, disse este dirigente de Luanda da CASA CE.
“Temos
que tirar estes bandidos do poder”, continuou Dias dos Santos que frisou
a necessidade de se usarem meios pacíficos e constitucionais para esse fim.
"Não acredito no regime"
"Não acredito no regime"
Dias
dos Santos foi várias vezes questionado pelos ouvintes sobre o recente discurso
do Presidente José Eduardo dos Santos em que este afirmou que não há condições
para a realização de eleições autárquicas antes de 2017 e que é preciso vêr se
se pode ter essas condições nessa data.
“Não
acredito no regime”, disse Dias Santos para quem se nota “claramente que (o
regime) tem medo das eleições autárquicas”.
“Por
isso vêm com desculpas”, referiu este dirigente da CASA-CE em Luanda que
acrescentou haver estudos que indicam que o MPLA iria perder eleições
autárquicas em zonas como o Lobito, Lundas e Luanda.
Mega
manifestação é a solução
“Por
isso há medo e por isso não acredito que vamos ter eleições em 2017” , rematou.
“Têm
medo das autarquias porque nessas eleições vão começar a perder o poder através
dos bairros e comunas”, afrimando que o governo angolano fala agora em realizar
eleições autárquicas em fases para poderem realizar eleições “em locais
que podem ganhar”.
Para
Alexandre Dias dos Santos “O Libertador” o único meio de forçar a realização
das autarquias é através de uma “mega manifestação” de todas as forças da
oposição, manifestação essa que deve permanecer nas ruas durante vários dias.
"O
Libertador” considerou haver em Angola “uma democracia controlada”, em que
elementos da oposição raramente têm a oportunidade de aparecer nos meios de
informação controlados pelo estado e em que o direito à manifestação é
reprimido.
“Eu
para poder falar tenho que estar aqui a falar na Voz da América porque
não tenho acesso a meios de informação locais”, afirmando ainda que em Angola
“a democracia está à mercê da vontade de um só homem”.
Não
há independência em Angola
"Apenas
um homem manda em
tudo. Independência de Angola é só para algumas pessoas. Não
temos uma verdadeira independência”, afirmou.
Interrogado
sobre o recente Orçamento Geral do Estado, aprovado esta semana na
generalidade pelo parlamento, Alexandre Dias dos Santos disse que de um mod
geral os orçamentos em Angola “não se reflectem na vida dos cidadãos”.
Secretário
Executivo da CASA CE em Luanda disse que estão a decorrer contactos com as
autoridades policiais com vista a garantir a segurança de uma marcha programada
pelo seu partido para assinalar o primeiro aniversário da morte do seu
militante Hilbert Ganga em 22 de Novembro do ano passado.
Ganga
foi morto a tirou por um elemento da Guarda Presidencial quando colocava
cartazes numa zona perto da presidência.
Sem comentários:
Enviar um comentário