domingo, 16 de novembro de 2014

Mercados financeiros tremem perante ascensão do Podemos em Espanha




Barclays, CNBC, The Wall Street Journal, Merrill Lynch, Credit Suisse, JPMorgan, todos estão de acordo: o Podemos representa um elemento “desestabilizador” que deve ser travado por forma a não pôr em causa os interesses dos mercados financeiros. Propostas como a da auditoria para renegociar a dívida pública e privada são motivo de “inquietação”.

Após o Barclays ter alertado para os efeitos nefastos do “forte crescimento” do partido Podemos e do fortalecimento da luta pela autodeterminação na Catalunha, e da CNBC ter feito eco do relatório do banco, assinalando que o Podemos é um fator “desestabilizador”, eis que o JPMorgan vem referir que aqueles que já investiram na dívida espanhola devem estar inquietos devido ao peso crescente que o partido está a atingir junto do eleitorado espanhol.

Os analistas do banco norte-americano, citados pelo Expansión, referem o facto de este "movimento radical estar a ganhar terreno continuamente", destacando que os investidores detentores de dívida espanhola podem estar "inquietos com as promessas [do Podemos], como a da auditoria para renegociar a dívida pública e privada". Neste contexto, os economistas do JPMorgan aconselham os investidores a apostarem na dívida irlandesa.

Por outro lado, o banco norte-americano também nomeia as consequências penalizadoras para a economia espanhola face a uma maior autonomia fiscal da Catalunha.

Também o Merrill Lynch, o Credit Suisse e o The Wall Street Journal já tinham acenado com os problemas políticos e económicos que poderiam resultar de um resultado eleitoral favorável ao Podemos.

A Secretária geral do PP, María Dolores de Cospedal, deixou esta semana o aviso: o Podemos é “muito perigoso para o sistema, para a democracia, a liberdade de imprensa e tudo o que foi conquistado” no Estado Espanhol.


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