Os
cofres do Estado suportam toda a delegação da Renamo no diálogo político com 90
mil meticais/mês. Cada
um tem um subsídio de três mil.
A
delegação da Renamo no diálogo político recebe um subsídio no valor de 90 mil
meticais por mês, pela participação na discussão com o governo. Trata-se de um
benefício imposto pela Renamo logo após a assinatura do acordo de cessação das
hostilidades, no passado dia 7 de Setembro.
O
chefe da delegação do governo no diálogo, José Pacheco, disse que a Renamo
pressionou para o pagamento do valor, chegando mesmo a condicionar as reuniões
à soma.
Uma
fonte ligada ao processo adiantou ao “O País” que os 90 mil meticais resultam
do pagamento de três mil meticais, por sessão, a cada um dos elementos de
Afonso Dhlakama. O valor foi fixado à luz da tabela de subsídios dos
funcionários do Estado e é destinado à ala política e militar da Renamo
destacadas para o diálogo.
O
valor começou a ser pago logo após a assinatura do acordo de cessação das
hostilidades e a Renamo pretendia estender a todos os elementos nas
negociações, incluindo observadores e mediadores nacionais. José Pacheco diz
que a equipa do governo recusou-se, porque, como membros do governo, estavam a
fazer a sua parte.
O
País (mz)
José
Pacheco diz que há provas dos pagamentos
“De forma
insistente, a Renamo manifestou interesse em que esses benefícios que os seus
peritos militares estão a ter fossem extensivos, na proposta da Renamo, a todos
nós”.
O
chefe da delegação do governo, José Pacheco, reiterou ontem as suas declarações
e garantiu que a sua contraparte da Renamo está a ser subsidiada para
participar nas sessões do diálogo.
“Recordem-se
que os peritos militares da Renamo atrasaram vir a Maputo, alegando questões
logísticas. E o governo achou por bem dizer que se há problemas logísticos,
está disponível a dar a sua comparticipação. e quando eles vieram, passaram a
ter um subsídio e um meio de transporte”, disse Pacheco.
“No
percurso, agora que estamos a implementar o acordo de cessação das
hostilidades, de forma insistente, a Renamo manifestou interesse em que esses
benefícios que os seus peritos militares estão a ter fossem extensivos, na
proposta da Renamo, a todos nós. Nós, governo, dissemos que não vamos receber,
porque, no nosso entender, é actividade do governo e não temos nenhum motivo
para receber nenhum valor adicional por esse trabalho”, frisou.
O
País (mz)
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