Fraude
eleitoral
O
estudo indica que Filipe Nyusi foi o maior beneficiado, com cerca de 100 mil
votos
Um
relatório produzido pelo Centro de Integridade Pública (CIP), com base na
observação eleitoral do EISA e do Observatório Eleitoral, revela o que chama de
“possível esquema de fraude”, baseado no enchimento de votos nas últimas
eleições gerais de 15 de Outubro.
O
estudo, divulgado pelo boletim sobre o processo eleitoral daquela organização
da sociedade civil, em conjunto com a Associação de Parlamentares europeus
(AWEPA), parte do princípio de que hoje, efectivamente, a fraude eleitoral terá
beneficiado alguns concorrentes no processo.
“O
estudo identificou dois grupos de assembleias de voto onde, de acordo com os
dados, se suspeita que tenha havido enchimento de urnas: onde houve uma grande
afluência às urnas; onde houve um número significativamente maior de votos para
as presidenciais do que para a Assembleia da República”, revela a fonte.
De
acordo com o estudo, os esquemas usados poderão ter resultado na introdução de cerca
de 105 mil votos, cerca de um terço dos que foram amealhados pelo candidato do
MDM, Daviz Simango. “Esta análise dos dados do PVT (contagem paralela) sugere
que poderão ter existido mais de 105 mil votos “extra”. Isto pode ter sido uma
mistura de duas técnicas, a introdução de boletins de voto “extra” nas urnas
(forma física) ou, provavelmente, a mais comum, a alteração dos números nos
editais no momento em que ninguém estava a fiscalizar. Neste artigo
consideram-se as duas técnicas de enchimento de urnas”, revela o estudo.
O
País (mz)
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