O
secretário-geral do PS, António Costa, homenageou, no seu primeiro discurso no
cargo, todos os seus antecessores, de Mário Soares a António José Seguro,
enalteceu história do partido e afirmou que os socialistas estão unidos.
"É
obviamente com enorme orgulho que assumo estas funções, em que sou depositário
de uma história do PS, que foi sempre decisivo para a defesa da liberdade,
antes e depois do 25 de Abril, para a consolidação da democracia, para a
construção do Estado de direito, para a integração europeia, e para a afirmação
do Estado social em Portugal, com marcas notáveis como o Serviço Nacional de
Saúde ou a generalização do ensino pré-escolar", declarou António Costa,
na sede do PS, em Lisboa.
Perante
uma sala cheia de militantes e dirigentes socialistas, o novo secretário-geral
do PS, que é também presidente da Câmara Municipal de Lisboa, acrescentou:
"Quero, por isso, prestar aqui homenagem a todos os meus antecessores,
desde o nosso fundador, Mário Soares, ao último secretário-geral, António José
Seguro. A todos eles a minha homenagem".
Eleito
secretário-geral do PS em eleições diretas realizadas entre sexta-feira e
sábado, António Costa referiu que o Congresso do próximo fim de semana vai pôr
fim a um "longo processo de construção de uma nova direção do PS".
No
início do seu discurso, agradeceu à presidente cessante do PS, Maria de Belém,
a "forma exemplar como ao longo destes dois meses soube assegurar esta
transição na direção do partido, a sua unidade e manter o partido ativo".
O
anterior secretário-geral do PS, António José Seguro, demitiu-se na sequência
das eleições primárias de 28 de setembro para escolher o candidato socialista a
primeiro-ministro, nas quais foi derrotado por António Costa. Desde então, a
presidente do PS assumiu as funções de secretária-geral em exercício.
"Ao
contrário do que muita gente vaticinou, o PS não saiu das eleições primárias
dividido, o PS saiu das eleições mais forte e está aqui unido, como estas eleições
diretas bem o puderam demonstrar", considerou o novo secretário-geral dos
socialistas.
António
Costa acrescentou que agora é tempo de o PS "assumir plenamente a sua
função de maior partido da oposição e a sua responsabilidade de construção da
alternativa política a este Governo e às suas políticas".
"É
essa a função do PS: construir a alternativa e responder àquela ansiedade que
os portugueses têm de podermos afirmar a capacidade de substituir um Governo
fracassou nos seus objetivos e que está esgotado nas soluções para o
país", reforçou.
Segundo
António Costa, o PS terá uma ação política "centrada na defesa da
Constituição, na solidariedade entre gerações, na dignidade do trabalho e no
reforço da confiança".
Jornal
de Notícias – foto Manuel de Almeida / Lusa
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