O
candidato à liderança do BE Pedro Filipe Soares criticou este sábado "uma
parte da esquerda que já está derrotada" e quer "juntar-se às elites
para perder por poucos", apelando à mobilização "contra o medo"
e "pela utopia".
No
discurso de apresentação da moção "Bloco plural", na IX Convenção
Nacional do partido, o atual líder parlamentar insurgiu-se contra os que falam
de "divisões" entre a direção do BE e os que antecipam o seu
desaparecimento.
"Esta
é a esquerda que sabe viver em democracia porque respeita a opinião de todos e
todas, a esquerda que fez um caminho nem sempre fácil de consecução de
compromissos, um caminho de diferentes escolhas em que todos soubemos que
éramos determinantes para fazer a diferença", afirmou.
Pedro
Filipe Soares declarou depois que o BE "não aceita a palavra inevitabilidade,
uma das faces do medo que tentam impor à sociedade" e elogiou a sua ação
para travar a "direita e o PS", que "à socapa" e "às
escondidas tentaram fazer passar o fim da suspensão das subvenções"
vitalícias aos políticos.
Jornal
de Notícias
Louçã
diz que desafio à liderança é "irresponsabilidade" sem precedente no
partido
O
ex-coordenador do BE, Francisco Louçã, criticou, este sábado, duramente a
disputa da direção de João Semedo e Catarina Martins por Pedro Filipe Soares,
afirmando que "é uma prova de imaturidade e não se faz".
"Não
houve nunca na história do BE erro maior nestes quinze anos do que a
irresponsabilidade da divisão da direção", afirmou Louçã.
O
fundador e líder histórico do BE discursava no período de debate entre moções,
durante a IX Convenção Nacional, em que Pedro Filipe Soares encabeça uma moção que
disputa a coordenação de João Semedo e Catarina Martins.
Para
Louçã, esta iniciativa, apoiada pelo fundador Luís Fazenda, "é uma prova
de imaturidade e não se faz".
"Por
isso eu subo a esta tribuna para vos falar da força do BE, porque é todos
juntos que temos de resolver este erro, para isso quero responder ao que é que
aqui estamos dispostos a fazer pelo Portugal do povo que trabalha, este BE já
fez muito mas ainda não fez o suficiente", declarou.
No
final, dirigindo-se aos militantes, Francisco Louçã aludiu à sua saída da Mesa
Nacional: "Neste ciclo temos de dar tudo o que temos da melhor forma que
sirva a esquerda, estou disponível como sempre, como me conhecem, para tudo o
que o BE precisar e sempre que o BE precisar, e estarei no lugar mais honroso,
que é o de militante base".
Nesta
Convenção Nacional do BE, a moção encabeçada por Pedro Filipe Soares disputa a
liderança João Semedo e Catarina Martins, que há dois anos assumiram a
coordenação.
Jornal
de Notícias – foto Tiago Petinga / Lusa
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