Ação
de vigilância da Polícia Judiciária apanhou o líder do SIS (Serviço de
Informação e Segurança) com mais dois funcionários a tentar ‘eliminar’ escutas
no gabinete de António Figueiredo, presidente do Instituto dos Registos e
Notariado (IRN), ligados ao caso dos vistos gold. De acordo com o noticiado
pelo Expresso, “os homens do SIS foram fazer um varrimento a pedido expresso de
António Figueiredo”.
Em
maio deste ano, a Polícia Judiciária (PJ) encetava uma operação de vigilância à
sede do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), instituição da qual António
Figueiredo era presidente. O responsável já tinha sido apontado pelos jornais,
em março, como alvo de uma investigação.
Foi
nesta altura, relata o Expresso, que os inspetores da PJ a vigiar o local deram
conta de três homens que carregavam uma mala a entrar primeiro no edifício do
Campus da Justiça de Lisboa e depois no gabinete de António Figueiredo.
Os
indivíduos foram fotografados e, mais tarde, um deles foi identificado como
sendo Horácio Pinto, diretor do SIS (Serviço de Informação e Segurança).
De
acordo com o afirmado por duas fontes próximas do processo ao Expresso, Horácio
Pinto tinha-se deslocado à instituição a pedido do próprio António Figueiredo,
com o intuito de averiguar se o próprio se encontrava sob escuta ou com o
computador monitorizado.
“Os
homens do SIS foram fazer um varrimento a pedido expresso de António
Figueiredo”, adiantou uma fonte. “O equipamento foi reconhecido pelos homens
que faziam a investigação”, acrescentou outra fonte próxima do processo.
Figueiredo
não se encontrava sob escuta, mas não sabia que estava a ser vigiado. Foi
detido esta semana, sob suspeita de corrupção, no âmbito da Operação
Labirinto que investiga a atribuição de vistos gold a cidadãos estrangeiros.
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