O
funeral do escritor e dirigente do Partido Comunista Português (PCP) José
Casanova realiza-se domingo, pelas 18:30, no cemitério do Alto de S. João, em
Lisboa, onde o corpo será cremado pelas 19:00, segundo uma nota do partido.
O
corpo do antigo diretor do jornal Avante! vai estar em câmara ardente, na Casa
Mortuária da Igreja de S. Francisco de Assis, na Av. Afonso III (ao Alto de S.
João), a partir das 17:00.
O
membro do Comité Central do PCP morreu hoje, após "doença grave".
Numa
nota, o PCP comentou que a "melhor homenagem" que pode ser prestada
ao antigo diretor do jornal Avante é "prosseguir a luta do seu partido de
sempre, o Partido Comunista Português, ao serviço dos trabalhadores, do povo e
do país, pelo ideal e projeto comunista".
Nascido
em 1939, no Couço, concelho de Coruche, José Casanova aderiu ao PCP, com 19
anos, e as suas primeiras atividades políticas ocorreram na União da Juventude
Portuguesa, na qual chegou a ser dirigente.
Casanova
participou nas candidaturas de Arlindo Vicente e Humberto Delgado em 1958. Foi
preso pela PIDE em 1960 e condenado a dois anos de prisão, além de ser sujeito
às "'medidas de segurança'" que o forçaram a permanecer cerca de seis
anos nas prisões fascistas", lê-se na nota enviada pelo PCP.
Entre
1971 e 1974, José Casanova esteve exilado na Bélgica, onde desenvolveu
atividade partidária, quer entre os emigrantes portugueses, quer com contactos
com os movimentos de libertação das ex-colónias: Movimento Popular de
Libertação de Angola (MPLA), Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo
Verde (PAIGC) e Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).
Com
a revolução de Abril de 1974, Casanova regressou a Lisboa e tornou-se membro do
Comité Central do PCP dois anos mais tarde e integrou a Comissão Política de 1979 a 2008.
José
Casanova dirigiu o "Avante!", o jornal oficial do PCP, entre 1997 e
fevereiro de 2014 e atualmente era responsável pela Comissão Nacional da
Cultura do partido.
No
seu currículo literário, Casanova conta com os romances "Aquela Noite de
Natal", "O Caminho da Aves" e "O Tempo das Giestas",
bem como com outras obras, nomeadamente o livro sobre Catarina Eufémia,
recentemente editado.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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