Carlos Varela e Paulo Lourenço – Jornal de Notícias
José
Sócrates já voltou ao Tribunal Central de Instrução Criminal, depois de ter
acompanhado, as diligências que foram feitas ao longo deste sábado na sua
residência na rua Braamcamp, em
Lisboa. O antigo primeiro-ministro foi detido com base numa
comunicação bancária efetuada ao Departamento Central de Investigação e Ação
Penal em cumprimento da lei de prevenção e repressão de branqueamento de
capitais. No âmbito do mesmo processo foram detidas mais três pessoas, entre
elas o seu motorista.
Ainda
durante a manhã deste sábado, as autoridades iniciaram diligências na casa do
antigo primeiro-ministro, na rua Braamcamp, em Lisboa, que foram acompanhadas
pelo próprio Sócrates e que viriam a terminar perto das 16.30 horas.
José
Sócrates deixou o edíficio onde reside numa comitiva de quatro automóveis que
sairam diretamente da garagem e se dirigiram para o Tribunal Central de
Instrução Criminal, onde chegaram cerca de 15 minutos depois. Um grupo de oito
investigadores acompanhava o ex-primeiro-ministro, que ocupava o banco traseiro
do segundo veículo a sair da garagem.
Momentos
depois de José Sócrates ter entrado, dentro de uma viatura policial, pela
garagem do edifício do tribunal, o advogado João Araújo entrou pela porta principal,
ignorando as questões colocadas pelos jornalistas.
João
Araújo foi o causídico que defendeu a mãe de Sócrates, num processo relacionado
com alegadas dívidas ao fisco no âmbito da venda de um dos apartamentos na rua
Braamcamp.
Sócrates
foi detido, na sexta-feira à noite, à chegada ao Aeroporto de Lisboa, quando
chegava de Paris. A detenção foi confirmada pouco depois por uma nota da
Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirmava estarem em causa crimes de
corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Uma
segunda nota da PGR, divulgada já este sábado de manhã, esclarecia que mais
três pessoas estavam detidas, desde quinta-feira, no âmbito da mesma investigação,
sendo elas Carlos Santos Silva (empresário e amigo de Sócrates), Gonçalo
Ferreira (advogado que trabalha numa empresa de Carlos Santos Silva) e o
motorista João Perna.
A
PGR explicou também que esta é uma "investigação independente de outros
inquéritos em curso, como o Monte Branco ou o Furacão, não tendo origem em
nenhum destes processos".
Na
foto: José Sócrates chegou ao Tribunal Central de Instrução Criminal depois de
acompanhar as diligências efetuadas na sua casa / Álvaro Isidoro – Global Imagens
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