Filipa
Ambrósio de Sousa e Rute Coelho – Diário de Notícias
Juízes
e procuradores estavam ligados a uma verdadeira operação "mãos
limpas" que decorria há três anos. Um deles era juiz titular do processo
contra a ministra das Finanças de Timor-Leste.
Um "verdadeiro
golpe de Estado" e um afastamento "por motivos políticos".
Estas terão sido as razões para o governo de Timor, liderado por Xanana Gusmão,
ter ordenado aexpulsão de oito portugueses, entre cinco juízes, dois
procuradores e um oficial da PSP, segundo fontes conhecedoras do processo
contaram ao DN. Os oito expulsos estão ligados à investigação de vários
ministros do executivo timorense por corrupção, numa autêntica operação
"mãos limpas" que decorria há cerca de três anos.
Em
Timor-Leste, conhecida a decisão oficial de que os magistrados portugueses
tinham de abandonar o país em 48 horas, a reação do Conselho Superior da
Magistratura timorense foi de "estupefação", o que levou este órgão a
convocar uma conferência de imprensa urgente que deverárealizar-se hoje.
Um
dos magistrados afastados, Júlio Gante Costa, em Díli há dois anos, era o juiz
titular do processo contra a ministra das Finanças timorense, Emília
Pires, acusada de gestão danosa e participação económica em negócio. A primeira
sessão do julgamento da ministra estava marcada para segunda-feira, precisamente
o dia em que Xanana
Gusmão mandou publicar a ordem de expulsão dos oito
portugueses no Jornal da República (equivalente ao nosso Diário da República). O
julgamento da titular das Finanças acabou adiado sine die (sem data).
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