O
primeiro-ministro da Guiné-Bissau defendeu hoje a participação de "outras
entidades" na reforma da Defesa e Segurança do país, sem deixar de lado a
força militar da África Ocidental estacionada no país há mais de dois anos.
Durante
um conjunto de reuniões com parceiros internacionais em Nova Iorque , em
novembro, Domingos Simões Pereira defendeu o envolvimento de outras
organizações internacionais "sob a coordenação das Nações Unidas".
Solicitado
pelos jornalistas a esclarecer a posição, Domingos Simões Pereira disse hoje
que "nunca pôs em causa a presença da Ecomib", contingente de 700
militares e polícias da África Ocidental estacionado na Guiné-Bissau na
sequência do golpe de estado de abril de 2012.
"Nunca
pusemos em causa a presença da força da Ecomib. Falamos da presença e da
participação de outras entidades" no processo da reforma do setor militar
guineense, afirmou Domingos Simões Pereira, à margem da abertura de um
seminário sobre proteção civil.
O
primeiro-ministro esclareceu que "nunca falou de uma nova força" para
a Guiné-Bissau, mas sim de uma estrutura para dar formação e ajudar na
reinserção social dos militares a serem desmobilizados, entre outros aspetos da
reforma.
Essa
estrutura teria também como finalidade mobilizar recursos para o Fundo de
Pensões para os militares que vão deixar o exército guineense, notou Domingos
Simões Pereira.
Sobre
a continuidade ou não da Ecomib na Guiné-Bissau, o primeiro-ministro guineense
disse ser um dos assuntos em análise na cimeira de chefes de Estado da
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que terminou na
segunda-feira, na Nigéria.
Hoje,
à chegada a Bissau, depois de participar naquele encontro, o Presidente
guineense, José Mário Vaz, referiu que ficou acordada a "prorrogação"
da missão da Ecomib por mais seis meses, renováveis.
A
posição faz parte do comunicado final da cimeira, em que a CEDEAO apela à
comunidade internacional para ajudar a suportar o mandato daquela força de
estabilização.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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