O
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) assinou hoje protocolos com
associações da Guiné-Bissau para reforço das ações de prevenção do Ébola,
anunciou o organismo.
O
vírus já matou milhares de pessoas nos países vizinhos desde o início do ano,
mas não há registo de infeções na Guiné-Bissau.
Com
os acordos hoje estabelecidos, o UNICEF contribui com 180 mil euros para cinco
organizações não-governamentais (ONG) levarem para o terreno ações de
divulgação de boas práticas de higiene e mudança de comportamentos de risco.
A
duração dos programas de atividades varia entre três a oito meses e vai
abranger todo o país, com maior enfoque nas comunidades mais próximas de zonas
fronteiriças.
Beneficiam
do apoio do UNICEF as ONG Cruz Vermelha da Guiné-Bissau, Battoden Gollen,
Fundação de Assistência Médica Internacional (AMI), Comissão Justiça e Paz,
Direitos Humanos e Desenvolvimento (Caritas-GB) e a Estrutura Comunitária de
Animação e Sensibilização para o Desenvolvimento (ECAS-D).
Estima-se
que as mensagens possam chegar a cerca de 685 mil habitantes, dos quais cerca
de 470 mil serão abrangidos pelo trabalho da Caritas, que vai atuar em todo o
território nacional.
Em
paralelo e para apoio ao Ministério da Educação Nacional, o UNICEF e a Fundação
Fé e Cooperação (FEC), de Portugal, vão reforçar ações para prevenção da doença
e adoção de boas práticas de higiene nas escolas.
Está
a decorrer uma formação de formadores ministrada pelo UNICEF destinada a 67
professores e 10 funcionários do Ministério da Educação que irão multiplicar o
treino a 3337 agentes educativos e 1631 escolas do 1º ao 6º ano das 8 regiões
do país.
O
Projeto "Higiene e Saúde na Escola" serve para "reforçar a
adoção rotineira de boas práticas de higiene" para prevenir não só o
Ébola, mas também outras "doenças infectocontagiosas", refere a agência
das Nações Unidas em comunicado.
Esta
iniciativa terá uma duração de três meses e inclui o desenvolvimento de um guia
de preparação específico para o sector de educação.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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