O
PCP considerou hoje que o único consenso que existe na sociedade portuguesa é
para a demissão do Governo e defendeu que as «nuvens negras»» vão permanecer no
horizonte do país em 2015.
De
acordo com João Dias Coelho, membro da Comissão Política do PCP, em declarações
à TSF, o primeiro-ministro «continuou a insistir na mentira e na mistificação»
na sua mensagem de Natal.
João
Dias Coelho referiu a título de exemplo que a entrada em vigor do Orçamento do
Estado para 2015, em conjunto com o Tratado Orçamental da União Europeia, «terá
consequências terríveis na vida concreta dos portugueses».
«Perante
o grande apelo que o primeiro-ministro fez relativamente ao consenso nacional,
o PCP diz que sim, que há um grande consenso nacional, que é a necessidade de
demissão do Governo para uma outra política que lance o país num outro caminho.
Portugal precisa de uma política patriótica de esquerda - e esse caminho está na
força, na vontade e na luta do povo português», advogou.
Questionado
sobre a ideia de Pedro Passos Coelho de que Portugal tem agora no horizonte uma
menor acumulação de nuvens negras, João Dias Coelho contrapôs: «Cada um dos
portugueses sabe bem que, no concreto, não há emprego - e essa é uma das nuvens
negras que paira sob a vida do povo português».
«Temos
mais de 2,5 milhões de pobres em Portugal, dos quais meio milhão são crianças.
Portanto, essas nuvens negras vão continuar. Mas os portugueses podem contar
com o PCP para prosseguir a luta pela demissão do Governo. Como o
secretário-geral [Jerónimo de Sousa] costuma dizer, nem que seja por um dia, os
portugueses ganham» com a demissão do Governo, afirmou o dirigente comunista.
Para
o membro da Comissão Política do PCP, o caminho que o Governo tem seguido «é de
declínio nacional e de empobrecimento dos portugueses». «Há soluções e o PCP
defende uma política patriótica de esquerda», insistiu, antes de negar que
exista em 2015 qualquer recuperação do poder de compra por parte dos
portugueses.
«Isso
é uma enorme mistificação, porque o Governo o que faz é dar com uma mão, mas,
depois, tira com as duas. A carga fiscal será enorme particularmente em relação
aos trabalhadores, já que o grande capital, como no que respeita ao IRC,
continuará a beneficiar enormemente», acrescentou.
TSF
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