Xangai,
China, 05 jan (Lusa) - Dezenas de familiares das vítimas mortais chinesas da
debandada da passada quarta-feira no centro de Xangai, em que 36 pessoas
perderam a vida e 49 ficaram feridas, pediram às autoridades que libertem os
corpos.
Segundo
o diário South China Morning Post, os corpos dos dois estrangeiros que morreram
no trágico acidente na noite de Ano Novo, um malaio e um taiwanês, já foram
repatriados, enquanto as 34 vítimas chinesas continuam em morgues na cidade, já
que as autoridades locais prosseguem com as investigações aos acontecimentos.
Os
familiares manifestaram-se à porta da sede do Governo local, no bairro de Huangpu,
o mesmo onde ocorreu a debandada, a cerca de meia hora do final de 2014.
Um
familiar disse ao jornal que os manifestantes pediram a entrega dos corpos e
uma compensação financeira, mas as autoridades mantêm que não podem ainda
libertar os corpos.
A
maioria das vítimas da debandada eram jovens na casa dos 20 anos, a maior parte
mulheres. Dos 49 feridos, 25 continuam hospitalizados - sete têm danos físicos
graves, incluindo uma pessoa que está internada nos cuidados intensivos, de
acordo com informações prestadas pelo Governo local.
A
tragédia de Xangai ocorreu cerca das 23:30 (15:30 de quarta-feira em Lisboa) de
31 de dezembro, numa praça da concorrida zona do "Bund", a marginal
neoclássica da cidade. Milhares de pessoas preparavam-se para celebrar a entrada
no novo ano.
Segundo
relatos difundidos pela Xinhua, a debandada foi provocada pelo lançamento de
cupões que pareciam notas de cem dólares norte-americanos.
Os
cupões, que a multidão se precipitou para apanhar, foram lançados de um bar
situado no terceiro andar de um dos edifícios do "Bund", contaram
testemunhas citadas pela Xinhua.
ISG
(AC/DM)// JCS
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