Policia
Nacional diz ter confundido Manuel José com um marginal e promete investigar o
caso.
Voz
da América
O
correspondente da VOA em
Luanda Manuel José foi ontem, 10, detido, agredido e sujeito
a uma hora de interrogatórios por parte da Polícia Nacional. Tudo por engano,
diz a polícia.
Manuel
José estava a caminho de um colégio em Luanda quando decidiu abrir o seu
computador para redigir um texto numa rua no Zango 0. Minutos depois, viu-se
cercado por um aparato de elementos com uniforme das Forças Armadas
Angolanas e elementos trajados à civil, munidos de pistolas que foram apontadas
na sua direcção.
Segundo
o jornalista, ele foi obrigado a deitar-se no chão, algemado e pisoteado nas
costas. Apesar de ter pedido aos agentes que confirmassem a sua identidade nos
seus documentos, aqueles continuaram a maltratá-lo. Os maus-tratos pararam
quando um dos elementos trajados a civil disse que ele não era a pessoa que
procuravam.
De
seguida, o correspondente da VOA foi levado à esquadra numero 47 do Zango
1, onde foi interrogado por uma hora. Depois, disseram-lhe que o tinham
confundido com um marginal e foi então solto.
Manuel
José apresentou queixa na Inspecção do Comando Provincial da Policia de
Luanda.
Hoje,
um representante do Comandante Provincial de Luanda da Polícia Nacional
telefonou ao jornalista a pedir desculpas pelo ocorrido e a informar que o caso
vai ser investigado. Entretanto, Manuel José, que já constituiu advogado, vai
aguardar pelos resultados da investigação policial antes de avançar com um
processo junto da justiça.
Contactado
hoje pela VOA, o Gabinete de Comunicação e Imagem do Comando Provincial de
Luanda garantiu que o seu Gabinete de Inspecção já está a investigar o caso e
prometeu pronunciar-se em breve sobre o sucedido.
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