A
Sessão Parlamentar de Fevereiro arranca esta segunda-feira, 23. No “menú” a
segurança (pela quarta vez nesta legislatura). Enquanto o PAICV defende que os
investimentos do Governo têm surtido efeito, o MPD alerta que “os
cabo-verdianos estão com medo e cada um tem o sentimento que pode ser a próxima
vítima”. A segurança (pelo menos em debate) está correntemente na Assembleia
Nacional. Falta é chegar às ruas.
A
sessão Parlamentar de Fevereiro arranca nesta segunda-feira com vários diplomas
no “menú” mas a segurança (proposta do MPD) será com certeza o “prato”
principal da "casa".
O
líder parlamentar do PAICV, Felisberto Vieira, lembra que é o quarto debate
sobre a segurança que se faz nesta legislatura pelo que diz esperar sentido de
Estado, “sobretudo na busca de respostas aos novos desafios e à complexidade
dos crimes que têm acontecido em
Cabo Verde ”. Afiança, por isso, que o foco do PAICV está à
procura da cooperação institucional interna e externa para vencer estas
ameaças.
Resultados
positivos
Felisberto
Vieira é da opinião que os sucessivos debates sobre a segurança têm contribuído
para melhorar o panorama nacional a nível da segurança. Isto porque, segundo
defende, tem havido resultados positivos em consequência das
intervenções/investimentos do Governo.
Opinião
contrária tem entretanto o líder parlamentar do MPD, Elísio Freire, que mais
uma vez acusa o executivo de ter arranjado um bode expiatório para não assumir
as suas responsabilidade perante uma situação que considera grave. “Os
cabo-verdianos estão com medo e cada um sente que pode ser a próxima vítima”,
sustenta a oposição.
Solução
Vs Ilusão
Freire
lamenta ainda que a Polícia Nacional esteja desarticulada, sem coordenação e de
costas voltadas para as necessidades de patrulhamento da comunidade; os
Serviços de Informação da República não funcionam convenientemente e a justiça
não dá uma resposta eficaz aos anseios da população. Acusa por conseguinte o
Governo de estar a inventar soluções que no fundo são ilusões – A desviar o
debate com o aumento de penas e a profissionalização das Forças Armadas.
Portanto,
o debate que promete "chumbo grosso". Já os cabo-verdianos continuam
a aguardar soluções que não sejam grades nas portas e janelas.
Sanny
Fonseca – A Semana (cv)
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