O
caos nas urgências continua a dominar a atualidade. Depois das medidas
anunciadas pelo ministro da Saúde, uma equipa de reportagem da TVI visitou
alguns hospitais para saber se a situação tinha mudado. A conclusão é
preocupante.
A
TVI quis saber se os hospitais, depois das medidas anunciadas pelo Ministério
da Saúde, estão a ser capazes de atender todos os pacientes normalmente. Mas
parece que não.
A
jornalista da TVI filmou, com uma câmara oculta, o interior do Hospital de
Chaves, do Hospital Garcia de Orta, do Hospital Amadora-Sintra, do Hospital de
Santa Maria e ainda do Hospital de Setúbal. A situação é de caos.
Há
doentes deitados em macas durante horas que acabam por ficar amontoados em corredores
devido à falta de camas. Não há cortinas a separar uma maca de outra e no
Hospital de Chaves os bombeiros tiveram de esperar duas horas até verem a sua
maca libertada, pois o hospital não tinha nenhuma livre para acomodar o
paciente. No Hospital de Setúbal passa-se o mesmo.
No
Garcia de Orta, a jornalista assistiu ao momento em que um paciente caiu de uma
maca. No Amadora-Sintra a filha de uma paciente contou que “o espaço entre as
macas é mínimo”, há “pessoas a gritar”, pessoas a “quererem deitar-se por
debaixo das macas com fraldas à vista” de quem quer passe.
No
Hospital de Santa Maria a situação não é mais tranquilizadora. A chefe da
Equipa de Banco contou que já foi agredida por familiares de pacientes e que os
médicos mais novos, sem experiência, podem até assustar-se com o caos vivido.
“Quando
os familiares invadem um gabinete onde muitas vezes estão médicos novos sem a
experiência que eu tenho, já me bateram (…). Estamos a falar muitas vezes de
médicos muito novos. A probabilidade de entrarem em pânico e errarem e de se
sentirem mal e da próxima vez não quererem aparecer é muito grande”, contou à
TVI Nídia Zózimo.
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