A
situação que a Grécia atravessa está a dar “um grande contributo” à União
Europeia, já que, pela primeira vez, se está a discutir um tema que era
encarado como “tabu”. Quem o disse foi Manuela Ferreira Leite, em comentário na
TVI24.
Manuela
Ferreira Leite frisou, no seu comentário semanal, o contributo que a Grécia
está a dar no que diz respeito à discussão das linhas orientadoras propostas
pela União Europeia (UE) para os países em dificuldades.
É
de destacar o “grande contributo que a Grécia pode dar e da qual todos poderão
beneficiar: o ajustamento entre as posições da UE e as dos países que discordam
da sua política. Isso é algo de novo”, frisou a antiga ministra das Finanças,
destacando que “até à data, ninguém discutia” este assunto, tratado como
“tabu”.
A
possível saída da Grécia da zona euro – um cenário que se mantém em cima da
mesa, mas que parece estar a afastar-se – “deixou de ser uma discussão técnica
e passou, pura e simplesmente, a ser uma questão política”, afirmou a ex-líder
do PSD.
Manuela
Ferreira Leite não deixou, contudo, de ressalvar que “a verdadeira negociação
não será feita aos microfones” e que “o tema não será discutido na praça
pública”.
"BCE
não agiu para pôr a Grécia em sentido"
Em
reação à decisão do Banco Central Europeu (BCE) de deixar de aceitar os títulos
de dívida grega como colateral para empréstimos bancários, a economista disse
entender que Mario Draghi se limitou a “aplicar uma medida que está
consagrada”, porque “enquanto a Grécia não tem um projeto de governo, não está
em condições de utilizar a dívida grega como garantia num empréstimo”.
“Não
significa que deixe de ter acesso a financiamento, mas que o vai ter a juros
mais elevados. (…) Os elogios que tenho feito a Draghi, mantenho-os. Não foi
sinal positivo [para os mercados], mas também não foi uma medida para pôr a
Grécia em sentido”.
Goreti
Pêra – Notícias ao Minuto
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