Xanana
não oficializou a demissão ao PR para evitar a queda do governo e eleições
O
verdadeiro artista é Xanana Gusmão com os seus habituais Banana Show. Ao longo
da curta existência de Timor-Leste independente já assistimos a imensos espetáculos
com o carismático guerrilheiro, dirigente, presidente da República e
primeiro-ministro timorense. Atualmente decorre mais um show no palco de sua
preferência, Timor-Leste. Podemos dar por título a este novo Banana Show “O PM
que se demite mas não demite” ou “O político que só ao fim de 10 anos concluiu
que não tinha capacidades nem habilitações para desempenhar os cargos que
desempenhou”. Mas este título era muito grande (e podia ser maior) e daí ser
reprovado, apesar de corresponder a muito do show quase permanente que o
verdadeiro artista tem representado em prejuízo das populações timorenses muitíssimo
carenciadas para que uns quantos das elites emergentes se aforrem com aquilo
que não lhes pertence. Incluindo Xanana, indiciado em processo judicial na
companhia de outros seus ministros e comparsas.
Fica
à disposição dos leitores uma coletânea de notícias relacionadas com o Banana
Show da demissão de Xanana e reestruturação do seu governo. Em ordem
decrescente relativamente às horas de publicação pela Agência Lusa vai
encontrar mais em baixo muita prosa e algum conhecimento. Mas nem todo. Não é
dito nas referidas notícias que o presidente Taur Matan Ruak só aceita a demissão
de Xanana sem o golpe que ele quer dar com a referida reestruturação para assim
manter o seu poder. Pelo que o Página Global conseguiu apurar, o PR Taur é de
opinião que se Xanana se demite cai também o governo e que desse modo terão de
ser anunciadas eleições antecipadas para que os timorenses possam eleger um
governo legitimo e democrático.
De
acordo com as informações que conseguirmos obter traremos ao Página Global as
informações sobre a atualidade timorense. Alertamos para o facto de a posição
do PR Ruak nos ter sido fornecida por fonte bastante credível, no entanto
carece de transparência por parte dos intervenientes no processo. Fica aqui a
pista para o recuo de Xanana Gusmão perante a audiência de hoje com o PR de
Timor-Leste – afinal não de demitiu. Perante este novo quadro será que vai
demitir-se?
Mesmo
que não aconteça a confirmação pública desta posição do PR Taur Matan Ruak, o
que acontecer a seguir confirmará ou não a sua veracidade. Se Xanana afinal não
se demitir de primeiro-ministro e proceder a uma reestruturação, a informação
que obtivemos é correta. Se Xanana se demitir, sem a tão propalada reestruturação
mas com posteriores e democráticas eleições, também ficaremos a saber que a
informação que aqui damos está correta. Pacientemente, aguardemos. (MM / PG)
Consultas
presidenciais sobre reestruturação do Governo timorense decorrem esta semana -
oficial
Díli,
02 fev (Lusa) - As consultas presidenciais sobre a reestruturação do Governo de
Timor-Leste vão decorrer ao longo desta semana e só haverá declarações oficiais
mais tarde, informou hoje o gabinete do porta-voz do Governo.
"As
consultas presidenciais sobre a restruturação do Governo irão decorrer ao longo
desta semana", explica um comunicado divulgado hoje, depois da reunião de
uma hora entre o Presidente da República, Taur Matan Ruak, e o
primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
À
saída do encontro, Xanana Gusmão manteve as dúvidas sobre o futuro do seu
governo, explicando que discutiu a situação com Taur Matan Ruak, mas sem
anunciar qualquer decisão.
Xanana
Gusmão explicou aos jornalistas, numa curta declaração em tétum, sem direito a
perguntas, que o Presidente da República timorense vai "analisar a
situação" e "ouvir os partidos políticos".
Em
nenhum momento o primeiro-ministro timorense disse se apresentou ou não a sua
demissão a Taur Matan Ruak.
"A
tempo todos saberão a verdade. O Presidente vai chamar todos os partidos para
consultas. Eu discuti opções com o presidente", afirmou Xanana Gusmão.
"Mas
é uma questão processual. O presidente vai fazer o seu trabalho. Ouvir os
partidos, chamar-me a mim para falar com ele. E depois eu chamo-vos para falar
com vocês", declarou.
Xanana
Gusmão disse que falou com o presidente "sobre essas coisas todas que têm
sido publicadas" - sem as identificar - e manteve as dúvidas sobre o
calendário da reestruturação do executivo timorense, que o porta-voz do Governo
anunciou que seria concretizada no início desta semana.
O
comunicado posterior explica que o objetivo é formar "um Executivo
eficiente e eficaz, focado em alcançar uma melhor prestação de serviços e dar
novo vigor ao Governo de forma a acelerar a implementação do Plano Estratégico
de Desenvolvimento".
Para
isso, sublinha "deverão ser integradas pessoas altamente qualificadas e
capazes de servir, que tragam competência e experiência significativa ao
Governo".
"O
Executivo deverá ser reduzido, de forma a criar um elenco mais eficiente e
funcional, focado em resultados, e deverá, igualmente, ser dada oportunidade a
uma nova geração de líderes que possa contribuir para a Nação", refere.
"Mais
declarações serão prestadas quando o Presidente da República e o
Primeiro-Ministro tiverem declarações oficiais sobre a Reestruturação do
Governo", conclui.
ASP
// JPS
Xanana
Gusmão mantém dúvidas sobre futuro após encontro com Presidente timorense
Díli,
02 fev (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, manteve hoje as
dúvidas sobre o futuro do seu governo, explicando que discutiu a situação com o
Presidente da República, Taur Matan Ruak, mas sem anunciar qualquer decisão.
Xanana
Gusmão explicou as jornalistas, numa curta declaração em tétum, sem direito a
perguntas, que o Presidente da República timorense vai "analisar a
situação" e "ouvir os partidos políticos".
Em
nenhum momento o primeiro-ministro timorense disse se apresentou ou não a sua
demissão a Taur Matan Ruak.
"A
tempo todos saberão a verdade. O Presidente vai chamar todos os partidos para
consultas. Eu discuti opções com o presidente", afirmou Xanana Gusmão.
"Mas
é uma questão processual. O presidente vai fazer o seu trabalho. Ouvir os
partidos, chamar-me a mim para falar com ele. E depois eu chamo-vos para falar
com vocês", declarou.
Xanana
Gusmão disse que falou com o presidente "sobre essas coisas todas que têm
sido publicadas" - sem as identificar - e manteve as dúvidas sobre o
calendário da reestruturação do executivo timorense, que o porta-voz do Governo
anunciou que seria concretizada no início desta semana.
Taur
Matan Ruak e Xanana Gusmão estiveram reunidos cerca de uma hora no Palácio da
Presidência em Díli.
Xanana
Gusmão - que chegou sozinho ao Palácio da Presidência, e que transportava nas
mãos uma pequena capa com documentos - entrou para o encontro com Taur Matan
Ruak poucos minutos antes das 15:00 (06:00 em Lisboa).
Na
semana passada, o porta-voz do Governo timorense, Agio Pereira, confirmou que
"está em curso" o processo de reestruturação do executivo delineado
no ano passado pelo primeiro-ministro.
"O
anúncio oficial sobre a composição do Governo, mandatado até 2017 para conduzir
Timor-Leste, deverá ocorrer no início da próxima semana" (a atual),
referiu em comunicado.
"O
objetivo da reestruturação é tornar o Governo mais eficiente e eficaz,
focando-o na prestação de serviços para o povo de Timor-Leste", sublinha,
remetendo mais declarações para "um momento apropriado".
Fontes
do Governo e da Fretilin confirmaram à Lusa que Xanana Gusmão teria convidado
militantes do partido e membros do Comité Central para integrar o novo elenco
governativo, marcado pela saída de cerca de 25 elementos.
ASP
// JPS
Xanana
deverá anunciar hoje demissão a Presidente da República timorense
Díli,
02 fev (Lusa) - O presidente da República timorense, Taur Matan Ruak, recebe
hoje o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que previsivelmente lhe comunicará a
sua demissão do cargo.
Fonte
do gabinete de Taur Matan Ruak, que regressou no fim de semana de uma viagem à
ponta leste de Timor-Leste, confirmou que o encontro entre os dois está
previsto para as 15:00 locais (06:00 em Lisboa).
Só
depois desse encontro, previsivelmente, Xanana Gusmão deverá anunciar
publicamente a sua decisão, que implicará o fim do V Governo constitucional.
Oficialmente,
o porta-voz do Governo timorense, Agio Pereira, confirmou na semana passada que
"está em curso" o processo de reestruturação do executivo delineado
no ano passado pelo primeiro-ministro.
"O
anúncio oficial sobre a composição do Governo, mandatado até 2017 para conduzir
Timor-Leste, deverá ocorrer no início da próxima semana", refere-se num
comunicado.
"O
objetivo da reestruturação é tornar o Governo mais eficiente e eficaz,
focando-o na prestação de serviços para o povo de Timor-Leste", sublinha,
remetendo mais declarações para "um momento apropriado".
Fontes
do Governo e da Fretilin confirmaram à Lusa que Xanana Gusmão teria convidado
militantes do partido e membros do Comité Central para integrar o novo elenco
governativo, marcado pela saída de cerca de 25 elementos.
Xanana
Gusmão está a definir a composição do próximo executivo apesar de ele próprio
se poder demitir do cargo de primeiro-ministro pelo que o próximo governo teria
que, formalmente, ser definido pelo seu sucessor.
Fonte
do partido de Xanana Gusmão disse também à Lusa que o líder timorense poderá
ocupar outras funções no VI Governo Constitucional de Timor-Leste.
"Deixará
o cargo de primeiro-ministro mas pode vir ainda fazer parte do Governo",
disse a fonte do Conselho Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT).
Fontes
do Governo explicaram que Xanana Gusmão terá formulado convites a pelo menos
quatro membros da Fretilin, na oposição, para que integrem o executivo, entre
os quais um eventual candidato a primeiro-ministro, Rui Araújo, ex-ministro da
Saúde e membro do Comité Central da Fretilin.
Os
restantes convidados de Xanana, segundo as fontes, são o deputado da Fretiin
Estanislau da Silva - que poderá ser um de quatro vice-primeiros-ministros com
funções de coordenação - e a do também deputado Inácio Moreira, que deverá
ocupar a pasta de vice-ministro das Telecomunicações.
Para
o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros deverá ser nomeado o atual
embaixador timorense na Coreia do Sul, Hernâni Coelho, também ele membro do
comité central da Fretilin.
ASP
// APN
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