Autoridades
dizem que a construção era ilegal e uma "invasão" de terrenos do
Estado
Manuel
José – Voz da América
Cerca
de 700 famílias tiveram as suas casas demolidas no chamado Bairro 4 de Abril.
por trás da centralidade de Sequele no Cacuaco. As autoridades dizem que as
casas foram construídas ilegalmente em terrenos do Estado.
Os
moradores disseram que e operação de demolição começou às três horas da
madrugada e que as autoridades, para além de destruírem as casas, confiscaram
ou incendiaram os seus bens.
"Estamos
aqui há 5 anos porque não temos para onde ir”, disse à VOA uma moradora
que pediu o anonimato.
“Eles
entraram às 3 horas da manha, queimaram as coisas, levaram arcas e
motorizadas”, acrescentou, afirmando ainda que os governantes “só querem viver
com os estrangeiros, com os empresários, nós pobres não nos querem".
Um
outro morador, que também falou sob anonimato, revelou que cidadãos chineses
fizeram parte da operação de demolição.
"Não
sabemos se o Presidente da República tem conhecimento disso”, perguntou
afirmando que “quem é civil não tem direito à terra, temos de ser
militares”.
"O
maquinista que veio partir as casas é chines, nós os angolanos somos corridos
como formigas, somos cães, bichos, nós apelamos ao senhor administrador de
Cacuaco pra vir conversar com o povo", disse.
Num
primeiro contacto com o administrador de Cacuaco, Carlos Kavukila disse-nos sem
gravar entrevista que se tratam de invasores de parcelas de terras que
pertencem ao Estado.
O
administrador prometeu à VOA uma entrevista para mais tarde, mas infelizmente o
telefone do responsável de Cacuaco não respondeu às nossas chamadas.
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