A
situação de Marcos Mavungo foi ontem abordada por outros activistas com o
secretário de Estado para os Direitos Humanos.
A
situação do activista Marcos Mavungo, detido há três meses em Cabinda, foi
ontem abordada por outros activistas com o secretário de Estado para os
Direitos Humanos, a quem pediram uma intervenção directa.
O
pedido foi apresentado a António Bento Bembe pelo grupo de iniciativa de um
abaixo-assinado que exige a libertação de Marcos Mavungo, detido desde 14 de
Março na província de Cabinda, acusado de cometer crime contra a segurança do
Estado.
Em
declarações à agência Lusa, o porta-voz do grupo de activistas, Rafael
Morais, disse que o encontro com António Bento Bembe, o primeiro que acontece
das várias audiências solicitadas, serviu para apresentar as inquietações sobre
o processo e o estado de saúde de Marcos Mavungo.
Segundo
Rafael Morais, outra questão abordada foi sobre a suspensão do salário do
activista pela empresa desde a sua detenção, o que tem deixado a família numa
situação de precária.
“Essa
situação está a deixar a família de Marcos Mavungo numa situação delicada,
vivendo da caridade de alguns familiares e de pessoas de boa-fé”, referiu.
Rafael
Morais sublinhou que hoje foi lançada uma campanha de solidariedade de recolha
de fundos em apoio à família de Marcos Mavungo.
O
activista realçou que foi igualmente manifestada preocupação pelo facto de há
mais de 15 dias que o processo foi remetido aos tribunais, até à data os
advogados de defesa não foram notificados.
“Apresentamos
essa preocupação ao Secretário de Estado dos Direitos Humanos e o que nos foi
dito é que se encontra limitado, uma vez que o processo foi remetido a tribunal
e está sob segredo de justiça”, disse.
Relativamente
ao estado de saúde do activista, detido pelo envolvimento no protesto contra a
alegada má governação e violação dos direitos humanos na província, agendada
para 14 de Março, Rafael Morais disse que continua grave, salientando que já
chegou a ser internado por três vezes no Hospital Central de Cabinda.
Rafael
Morais avançou que, além do Secretário de Estado para os Direitos Humanos,
aguardam por respostas das solicitações de audiências à Procuradoria-Geral da
República, ao Ministério do Interior e à Casa Civil da Presidência da República.
Lusa,
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