“Face
ao que se tem visto, a questão primeira é saber se José Sócrates alguma vez
terá direito a um julgamento intenso”, considera Miguel Sousa Tavares.
O
autor e comentador Miguel Sousa Tavares assina este sábado um artigo de opinião
no Expresso onde arrasa a condução do processo que envolve José Sócrates, na
semana em que se soube que o ex-primeiro-ministro continuaria em prisão
preventiva por ter recusado o uso de pulseira eletrónica.
Escreve
Sousa Tavares que, cerca de seis meses após a detenção, “agora, já vi o
suficiente e não me é possível continuar calado”. E diz mesmo que “parece ser
uma vingança” o Ministério Público (MP) propor prisão domiciliária com pulseira
eletrónica, algo que “sabia que ia ser recusado” e que terá sido uma forma de
“estender uma armadilha” ao antigo governante.
O
escritor critica ainda o que diz ser “pré-julgamentos públicos promovidos pelo
MP”, sugerindo que certas atuações em casos mediáticos “não passam de uma
indecente e desleal forma de litigância”.
Sousa
Tavares diz ainda que “a manutenção de Sócrates em prisão preventiva é uma
decisão (…), em termos jurídicos, absolutamente insustentável” e que, pela sua
parte, “e como todo a gente de boa-fé”, continua “sem saber se José Sócrates é
culpado ou inocente das suspeitas ou suspeições que contra ele foram levantadas
pelo MP”.
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