O
português Francisco Lufinha iniciou hoje a sua 'aventura' de ligar Lisboa ao
Funchal em kitesurf, uma travessia de quase 1.000 quilómetros e que deverá
estar concluída na terça-feira.
O
vento atrasou a partida de Lufinha, que, sob o olhar atento de vários
apoiantes, demorou a conseguir fazer voar o seu kite, junto ao Cais das
Colunas, em Lisboa.
Faltava
pouco para as 16:30 quando o jovem português, já em cima da prancha, arrancou a
alta velocidade pelo Tejo adentro, com a bandeira nacional presa ao pulso, uma
cerimónia programada por Francisco Lufinha que quis assinalar a sua partida com
a beleza da paisagem do Terreiro do Paço, passando pela Ponte 25 de Abril, a
olhar para o Cristo-Rei, até ao Padrão dos Descobrimentos e Torre de Belém.
Acompanhado
por vários barcos, curiosos e apoiantes, Francisco Lufinha ainda fez algumas
manobras, levantou os braços em gesto de agradecimento e perdeu-se de vista já
passava das 17:00.
Antes
de iniciar a aventura, o português falou aos jornalistas e explicou que o seu
maior receio é a ausência de vento e falhas no barco de apoio.
"A
falta de vento será, sem dúvida, o maior problema, porque terei de ficar
parado. Mas também se houver alguma falha no meu barco de apoio, que é pouco
provável, mas pode acontecer", explicou.
Conhecido
pelos desafios já realizados em 2013, quando fez a ligação do Porto a Lagos, e
em 2014, quando ligou as Ilhas Selvagens ao Funchal, Francisco Lufinha,
recordista mundial da maior viagem de kitesurf sem paragens, propõe-se agora a
estender a meta.
A
jornada, que deverá estar concluída em 40 ou 45 horas, está estudada ao
pormenor e as falhas registadas em desafios anteriores já foram corrigidas.
"Vou
comer com mais regularidade, barritas, morangos com amêndoas, 'wraps' de frango
e salmão. Aproximo-me do barco de apoio e eles dão a comida diretamente à
boca", contou.
Nem
o escuro da noite assusta Lufinha que até prefere "a magia e a luz da lua
refletida no mar" da navegação noturna.
Família
e amigos reconhecem a missão arriscada de Francisco Lufinha e aconselham a
"ter cuidado com o corpo", mas confiam no jovem.
A
'odisseia' de Francisco inclui uma distância de cerca de 1.000 quilómetros,
cerca de 520 milhas náuticas, e será acompanhada por uma equipa de cinco
pessoas em mar, na qual se inclui um médico, e duas pessoas em terra.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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