Diversas
organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau anunciaram que vão intentar uma
ação judicial visando a destituição do Presidente da República, José Mário Vaz.
Agrupadas
na chamada Aliança Nacional pela Democracia, liderada pela Liga Guineense dos
Direitos Humanos, as organizações acusam o Presidente José Mário Vaz de
"estar a mais" na sociedade guineense.
Acusam
o chefe de Estado guineense de uma série de factos que dizem ser contrários à
Constituição do país, nomeadamente, um alegado desrespeito pelos símbolos
nacionais e um "golpe de Estado institucional".
As
organizações agrupadas na Aliança Nacional pela Democracia consideram
inconstitucional a decisão hoje formalizada de José Mário Vaz em nomear Baciro Djá
primeiro-ministro, pelo que vão atacá-la no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Questionado
pela Lusa sobre os fundamentos e a forma como pensam atuar na Justiça para
pedir a destituição do chefe de Estado, Luís Vaz Martins, antigo presidente da
Liga Guineense dos Direitos Humanos, disse que o assunto será tratado por uma
equipa de juristas do país.
Prometem
a partir de sexta-feira iniciar um processo de desobediência civil no país que
passará já pela paralisação dos transportes e ainda por um apelo aos
funcionários públicos para ficarem em casa.
As
organizações da sociedade civil responsabilizam o Presidente guineense pelas
"consequências imprevisíveis" da nomeação de um "Governo
inconstitucional" e receiam ainda que este ato possa "levar a uma
intervenção militar".
Acusam
José Mário Vaz de não ter ouvido os apelos de todos os quadrantes da sociedade
guineense e "até do secretário-geral das Nações Unidas" no sentido de
não demitir o Governo de Domingos Simões Pereira.
O
porta-voz da Aliança Nacional pela Democracia afirmou que a plataforma congrega
partidos políticos, sindicatos e associações patronais, mas apela à adesão das
igrejas e líderes tradicionais.
"O
país caminha para uma situação muito perigosa que pode conduzir a mais uma
intervenção dos militares", afirmou Luís Vaz Martins.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário