sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Portugal. JERÓNIMO CONSIDERA CAVACO UM FATOR DE INSTABILIDADE



O secretário-geral do PCP acusou o Presidente da República de atuar "não como Presidente da República" mas como "representante de PSD e CDS-PP" em "assumido confronto" com a Constituição.

As palavras do chefe de Estado ao indigitar Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro resultaram, dizem os comunistas, numa "intolerável" atitude "de pressão e chantagem sobre os deputados e as opções que estes devem assumir".

"O Presidente da República torna-se responsável pela atitude de confronto com a Constituição e pela instabilidade que gera e consequências políticas e institucionais dela decorrentes", prosseguiu Jerónimo de Sousa numa conferência de imprensa no parlamento.

Para Jerónimo de Sousa, a indigitação de Passos Coelho levará a uma moção de rejeição no parlamento ao futuro programa de governo abrindo-se espaço para a formação de um executivo do PS que apresente o seu programa e que seja também encontrada "a adoção de uma política que seja uma solução duradoura".

"PSD e CDS não têm condições para governar, havendo na AR uma maioria de deputados que é condição bastante para a formação de um governo de iniciativa do PS", prosseguiu o líder comunista. O PCP, insistiu Jerónimo de Sousa, reafirma o "compromisso de lutar por uma política que responda de facto a direitos dos trabalhadores e do povo" e promova o crescimento económico.

Questionado sobre as negociações com o PS para a viabilização de um executivo socialista, o secretário-geral do PCP diz que o "momento" não é de detalhar o papel dos comunistas numa futura alternativa de esquerda, escusando-se a entrar em mais detalhes sobre o rumo das conversas.

TSF

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