O
candidato à presidência da República considera "normal" a decisão de
indigitar Passos Coelho, mas defende que "excluir" BE, PCP e PEV de
uma solução governativa é "preocupante". Eventual governo de gestão
"é grave" para a democracia.
"Se
nada tenho a apontar a esta decisão formal [de indigitar Pedro Passos Coelho
como primeiro-ministro], não posso deixar de manifestar a minha surpresa quanto
ao tom de desafio e de confronto adotado na comunicação de ontem ao país. Um
presidente da República não pode ser fator de divisão, de instabilidade ou de
intolerância", afirmou Sampaio da Nóvoa, esta sexta-feira, numa declaração
na sede candidatura.
O
candidato à presidência da República considera "natural" a
indigitação de Passos Coelho, mas defende que é "impensável" que o
chefe de Estado "não aceite dar posse" a uma solução de governo
"com maioria parlamentar".
Sampaio
da Nóvoa diz ainda que a comunicação de Cavaco Silva ao país foi feita em tom
de "ameaça", ao admitir a possibilidade de "manter em funções um
governo de gestão e sem orçamento".
"Essa
solução configura uma situação grave do ponto de vista democrático, coloca em
causa a Constituição e não assegura o regular funcionamento das instituições
democráticas", afirma.
Apelando
à "serenidade, à responsabilidade e ao bom senso", o candidato à
presidência da República sublinha ainda que a posição de Cavaco Silva
"reforça, com grande nitidez, a importância de uma candidatura
independente".
João
Alexandre – TSF – Foto: André Kosters / Lusa
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